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Bancários paralisam parcialmente atividades

Os bancários do Rio de Janeiro paralisam nesta quarta-feira (22/9), parcialmente, as atividades nas agências do centro da cidade. A iniciativa faz parte do Dia Nacional de Luta da categoria. Na manhã de terça-feira (21/9), 45 agências de vários bancos na Avenida Rio Branco, principal via no centro da capital, não abriram as portas. A mobilização ocorre em todo o Brasil e os representantes da categoria farão uma reunião com a Federação Nacional dos Bancos.
 
De acordo com um dos diretores do Sindicato dos Bancários no Rio de Janeiro, Marcelo Azevedo, as paralisações são decorrentes de um longo processo "em que o patronato, apesar de ser o que mais lucra no país, não apresentou nada à categoria".
 
“A gente espera que os banqueiros tenham o entendimento de que é necessário repassar grande parte desses lucros para os bancários, que fizeram esse resultado. Se a negociação não avançar e não tiver nenhuma resposta concreta e aceitável para os bancários e bancárias, nós vamos fazer uma grande assembleia no dia 28. E no dia 29 vamos deflagrar a greve nacional da categoria”, destacou.
 
Azevedo enfatizou que, apesar do lucro dos bancos, há registro de muitas demissões. Além disso, a categoria é uma das que mais tem recorrido a tratamentos psiquiátricos, dependência química e sofrido com doenças no trabalho. "Os funcionários têm péssima condição de trabalho e são mal pagos", disse.
 
Os bancários reivindicam 11% de reajuste, participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários, mais R$ 4,5 mil. Também estão na pauta questões relacionadas a assédio moral, dignidade, local de trabalho e diversidade.
 
“É uma pauta bem ampla, que não aponta só para a categoria bancária. Entre as reivindicações que nós apresentamos estão a contratação de mais bancários e que o atendimento nos bancos seja das 9h às 17h com dois turnos, gerando mais empregos para a categoria e melhor atendimento à população”, afirmou.
 
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) informou, por meio de sua assessoria, que a paralisação ocorre fora de contexto já que na semana passada foi acertado em reunião que as propostas seriam apresentadas na quarta-feira (22/9). A federação entende como legítimas as manifestações e passeatas, mas não concorda com a paralisação no momento em que um acordo está em negociação.
 
A reunião da categoria com os representantes dos bancos federais será realizada na quinta-feira (23/9). A expectativa dos trabalhadores é de que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica apresentem suas propostas.

Fonte: Agência Brasil