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Carlos Alberto revela suas propostas à AIB

Com o objetivo de levar aos eleitores cariocas importantes informações que possam auxiliá-los na conscientização do voto, a Associação de Imprensa da Barra (AIB) dá continuidade à serie de entrevistas iniciada no mês de agosto.
Ex-Secretário Nacional de Modernização e Reforma Administrativa da Secretaria de Planejamento da Presidência da República, ex-Subsecretário de Turismo, Esportes e Lazer do Estado do Rio, ex-Subsecretário de Justiça do Estado, ex-Subsecretário de Governo do Estado e candidato a Deputado Federal, Carlos Alberto Lopes, em entrevista exclusiva à AIB News, no dia 27/8, falou aos jornalistas Manuel Lopes, presidente da AIB, e Margareth Santos, repórter, dos seus projetos, da Coordenação Geral da Operação Lei Seca e da administração pública.
“A Operação Lei Seca é o projeto da minha vida profissional”
O senhor aceitou ser candidato a Deputado Federal atendendo a um convite do Governador Sérgio Cabral. O que representa este convite? O senhor pode nos dizer se tem algo de especial nele?
Abstendo-me da condição de amigo do Governador, há mais ou menos 20 anos, como cidadão e administrador público há 44 anos, sempre quis trabalhar em um governo que desse prioridade ao binômio desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida do cidadão. Foi preciso que se passassem 40 anos para que eu viesse atuar num governo que tivesse esse foco, como o de Sérgio Cabral. Nós trabalhamos juntos, eu nunca havia revelado isso a ninguém, mas o Governador tornou isso público. Portanto, atender a um chamado de um amigo e de um governante que vem fazendo um trabalho extraordinário no Estado do Rio de Janeiro, é uma honra e um privilégio. 
Tenho uma folha de serviços prestados ao País e não poderia furtar-me a colaborar com um homem que faz um trabalho extraordinário. Certamente, em razão da minha experiência, fruto dos cargos que exerci no Governo Federal durante 15 anos, a exemplo da criação do Ministério da Previdência e Assistência Social, em 1974, e nos diversos cargos no Estado, tenho condições de, em Brasília, ajudar ao nosso Governador, e, em última análise, ao povo do Estado do Rio de Janeiro. 
O senhor acredita que sua bem sucedida participação na Operação Lei Seca pode ajudá-lo na campanha?
A Operação Lei Seca é o projeto da minha vida profissional. Por quê? Porque esse projeto, ao longo de um ano, já salvou mais de cinco mil vidas. Na verdade, salvamos 5037 vidas e esse número não é meu, é do Grupamento de Socorro de Emergência do Corpo de Bombeiros. Na Barra da Tijuca nós reduzimos em 43% o número de mortes. Em 2008, segundo o Instituto de Segurança pública, morreram 70 pessoas e, em 2009, após a deflagração da Operação Lei Seca, morreram 40, ainda uma tragédia e razão das nossas constantes operações na Barra. 
Quanto vale uma vida? Uma vida não tem preço. Sou o autor do projeto e fui seu Coordenador Geral. O Governador Sérgio Cabral, com visão de estadista, chancelou-o, tornando-o uma política pública, de caráter permanente, com ações todos os dias da semana, e que irão até o último dia da atual gestão, com o único objetivo de preservar a vida humana, aportando recursos do DETRAN da ordem de R$ 4 milhões de reais ao ano. A Operação Lei Seca não é contra a bebida, mas a favor da vida.
Portanto, uma das principais metas do meu programa, sendo eleito deputado federal, é estender esse projeto aos 92 municípios e aos estados brasileiros. Hoje, a Operação Lei Seca é referência nacional e internacional. Nos dias 28, 29 e 30 de outubro de 2009, aqui na Barra da Tijuca, no Hotel Windsor, foi realizado um Fórum Global de Traumatologia, com mais de 150 médicos especialistas em trauma do mundo inteiro e a Organização Mundial de Saúde o referendou para os países que a integram. 
“As leis que não são seguidas de políticas públicas tornam-se letras mortas”
Caso seja eleito, quais são seus projetos prioritários em prol do Rio de Janeiro?
O primeiro é implantar a Operação Lei Seca em todos os Municípios do Estado, com o objetivo de reduzir ainda mais as mortes por acidentes de trânsito. O segundo é reavaliar o Código de Trânsito Brasileiro e rever a Lei Federal 11.705, de 19/6/2008, que passou a ser conhecida como Lei Seca. 
Gostaria de aproveitar a oportunidade para fazer uma distinção entre a Lei Seca e a Operação Lei Seca, que muita gente ainda confunde. A Lei Seca é um instrumento legal que estabeleceu o grau de alcoolemia zero. A Operação Lei Seca, como já disse, é uma política pública. Todos nós sabemos que as leis que não são seguidas de políticas públicas tornam-se letras mortas, como costumamos dizer: a lei não pegou. O Brasil está cheio de leis que não pegaram porque não foram seguidas de políticas públicas. 
O terceiro é fazer uma política pública para os cadeirantes que, relegados a segundo plano pela sociedade, acham que são inválidos. E não o são. Prova disso é que os nossos 30 cadeirantes que fazem um trabalho extraordinário de conscientização nos bares, restaurantes e casas de shows, começaram como voluntários e o nosso Governador, objetivando fazer inclusão social, os nomeou. E muitos outros, ligados a áreas cruciais do governo e demandados pela população, como educação, saúde, segurança, habitação, transportes.  
Como Deputado Federal, de que forma o senhor pretende contribuir com o Rio de Janeiro, no sentido de viabilizar os projetos assumidos para a realização da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016?
Colocando a minha experiência de administrador público à disposição do Governador do Estado do Rio e à população do Rio, em especial, a da Barra da Tijuca, onde resido há 32 anos. Tenho interesse, no bom sentido da palavra, em ajudar a Barra a resolver seus problemas mais cruciais, como a questão dos transportes, em função desse boom imobiliário que tivemos aqui. A gente leva duas horas para chegar ao trabalho e já chega estressado, cansado, aborrecido. Esse é um dos problemas que nós temos que resolver. Nós temos que acelerar as obras do metrô, que já foram iniciadas e que está na exata medida para a obtenção de mais recursos. O problema do esgotamento sanitário das nossas bacias e lagoas da Barra e Jacarepaguá. Nesses eventos, a Barra poderá se constitui em um pólo turístico importante. Tenho condições, modéstia à parte, de contribuir em Brasília, para obtenção desses recursos.
“Vou defender o Estado do Rio de Janeiro, com unhas e dentes”
Sendo eleito, o Senhor pretende cumprir o mandato até o final ou aceitaria um cargo no executivo do próximo Governo Estadual?
A minha intenção e a do Governo é que eu cumpra o meu mandato de Deputado Federal, porque nós temos questões cruciais a serem resolvidas, como por exemplo, os royalties do petróleo. Com todo respeito, poucos foram aqueles parlamentares que foram defender na tribuna os royalties do petróleo, que é de suma importância para o Estado do Rio. É uma grande injustiça com o Estado do Rio, que contribui com mais de 80% da produção de petróleo do Brasil. É um projeto do Deputado Federal Ibsen Pinheiro, a meu ver, inconstitucional, eleitoreiro e oportunista, que esfacela o Estado do Rio de Janeiro. Porque perder de R$ 7,5 a R$ 10 bilhões na receita de um estado, implicará no fato de que todos os projetos hoje em andamento, até os do Governo Federal onde tem que haver uma contrapartida do Estado, vão ficar parados. Isso, sem falar da necessidade de oferecermos melhorias salariais aos servidores públicos, maior patrimônio de qualquer gestão, seja ela privada ou pública. Por essas razões básicas, quero ser eleito Deputado Federal, e ajudar o Estado do Rio a reverter esta situação desfavorável, que pode comprometer os planos em andamento, em especial, o PAC. Vou defender o Estado do Rio de Janeiro, com unhas e dentes.
Como o Senhor o vê o Rio de Janeiro, em especial a Barra da Tijuca e Jacarepaguá, em 2014?
Vejo o Rio de Janeiro, em especial a região da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e adjacências, com um futuro muito promissor.  Eu tenho interesse em ajudar a solucionar os problemas desses bairros, com destaque para a saúde pública, transportes, segurança e meio ambiente, pois temos aí a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A Barra da Tijuca será um pólo importante de desenvolvimento, mas para isso nós temos que ter pessoas comprometidas com seu eleitor, não apenas da boca para fora, e sim competentes e dispostas a defender os interesses da população. E isso, tenha certeza, eu vou fazer se for eleito Deputado Federal.

Fonte: Margareth Santos