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Ceasa beneficia 400 instituições no estado do Rio de Janeiro

 Com novas instalações inauguradas em agosto, o Banco de Alimentos da unidade da Central de Abastecimento (Ceasa) da capital coordena o projeto em todo o estado, realizando a doação semanal de víveres para 400 instituições, entre creches, asilos e casas beneficentes. O Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas), vinculado à Secretaria de Educação, também recebe doações. Somando todos os núcleos – há ainda unidades em Paty do Alferes, Nova Friburgo, Itaocara, São José de Ubá e São Gonçalo –, o programa recebe, por semana, 30 toneladas de legumes, verduras e frutas.

Desse total, 70% são provenientes do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Ministério de Desenvolvimento Social, que adquire os produtos de mais de mil agricultores familiares de 40 municípios do Estado do Rio. Os outros 30% vêm de supermercados que doam alimentos processados em perfeitas condições de consumo, mas que possuem algum defeito na embalagem; de mercadorias que são apreendidas dentro da Ceasa por terem entrado na central com alguma irregularidade na nota fiscal; e de doações dos permissionários da Ceasa.

– Fazemos um trabalho junto aos permissionários. Por exemplo, conseguimos cenouras quebradas, que não têm valor comercial, mas possuem poder nutricional. Para garantir a qualidade dos produtos doados, há uma equipe de triagem. Só doamos produtos que sabemos que são 100% confiáveis – disse o chefe do Banco de Alimentos, Márcio Paulino.

Em 2014, o Banco de Alimentos conseguiu o convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social.

– A atuação do Banco de Alimentos é uma atividade articulada: auxilia as instituições de acolhimento; diminui o desperdício de alimentos e ajuda os pequenos agricultores – disse o presidente da companhia, Agnaldo Balon.

O Banco de Alimentos da Ceasa atende a cerca de 50 mil pessoas apenas no Grande Rio. Antes da doação, há um processo para garantir a transparência na escolha das instituições que serão ajudadas. Após a aprovação de documentos, uma equipe faz visita técnica para verificar a veracidade do que foi relatado e ainda checa as condições para o armazenamento dos alimentos. Baseada nisso, o grupo elabora um relatório, que fica anexado ao processo administrativo da instituição.

 

O chefe da Divisão de Fomento da Agricultura familiar da Ceasa, Thiago Nemésio, ressalta a função da Central no processo de aquisição dos alimentos para o Banco.

– O recurso financeiro não vem para a Ceasa. O Desenvolvimento Social repassa os valores direto para o agricultor familiar. Nós só fazemos a execução do programa, com a parte administrativa e toda a prestação de contas através de notas fiscais.

 

Para determinar a quantidade de alimentos a ser doado semanalmente a cada instituição, são feitos os cálculos pela quantidade de pessoas atendidas e números de refeições oferecidas semanalmente. Outro cuidado da equipe do programa é sempre oferecer uma boa variedade dos produtos.

Fazer o bem 
A ONG Convidativa, de Jacarepaguá, é uma das 257 instituições cadastradas na capital. A casa abriga pessoas de 20 a 50 anos, com deficiências físicas ou mentais e sem referências familiares.

 

– Essa doação faz muito bem para os nossos acolhidos. É uma grande diferença para nós. Estamos cadastrados no Banco de Alimentos desde 2005 e, a cada vez, recebemos em média 200 Kg de hortifrútis. Temos 55 acolhidos, que necessitam de todo tipo de doações – disse o voluntário Fernando Pires.