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ONU cobra responsabilidade das autoridades líbias

Reunido extraordinariamente o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou, por unanimidade, a violência cometida por autoridades da Líbia contra os manifestantes que protestam contra o governo Muammar Khadafi. Organizações não governamentais estimam que o número de mortos pode chegar a 400. Há suspeitas de crimes contra a humanidade e violação de direitos humanos.
“[Os países-membros do conselho pedem o] imediato fim da violência e que sejam dados passos para lidar com as legítimas exigências da população através do diálogo nacional”, diz comunicado divulgado pelo órgão. As informações são da agência de notícias das Nações Unidas e da empresa pública de Portugal, a Lusa.  
A presidente temporária do órgão, a embaixadora brasileira Maria Luiza Ribeiro Viotti, disse que há “séria preocupação” com os fatos no país do Norte da África. O subsecretário-geral para  Assuntos Políticos das Nações Unidas, Lynn Pascoe, reiterou as impressões dos integrantes do conselho. Para ele, a situação na Líbia pode ficar “muito pior” nos próximos dias.
Os países-membros do conselho pediram ainda ao governo líbio que cumpra a responsabilidade de proteger a população, agir com moderação, respeitar os direitos humanos e o direito humanitário internacional – que é de permitir o acesso imediato de observadores dos direitos humanos e agências humanitárias.
Diferentemente da maior parte da delegação líbia na Organização das Nações Unidas (ONU), o representante permanente da Líbia na ONU se mantém fiel a Khadafi. Ibrahim Dabbashi, número dois da missão líbia nas Nações Unidas, defende a renúncia de Khadafi. “É uma boa mensagem para o regime, para acabar com o derrame de sangue do povo líbio”, disse.
O comando do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) informou que há perigo para os que solicitam asilo político e refúgio. "Não temos acesso neste momento para a comunidade de refugiados. Nos últimos meses, temos tentado regularizar a presença na Líbia, mas há dificuldades ao nosso trabalho", disse a porta-voz Melissa Fleming.

Fonte: Agência Brasil