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Operação Lei Seca conscientiza mototaxistas da Rocinha

Quase 400 mototaxistas da Rocinha deixaram de circular por uma hora, na sexta-feira (1/2), para participar da aula de preservação à vida que os agentes da Operação Lei Seca (OLS) deram aos profissionais da comunidade. A quadra da Escola Municipal Paula Brito ficou pequena para tantos interessados em conhecer melhor sobre as novas regras de fiscalização.

 

 

O comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Rocinha, major Edson Santos, afirmou que o objetivo do convite da equipe da OLS era mostrar as estatísticas de sucesso da operação e as consequências de beber e dirigir.

 

 

– Já percebi que tem mototaxista que tira o colete, bebe e depois volta ao trabalho. Queremos mostrar o que isso pode acarretar. Sabemos que muitas vidas têm sido salvas graças a essa conscientização feita pela operação – disse o major.

 

 

Cadeirantes relatam experiências

Num tom de bate-papo descontraído, o coordenador-geral da OLS, major Marco Andrade, mostrou o número de vítimas de acidentes provocados por motoristas alcoolizados. Agentes cadeirantes sensibilizaram o grupo com suas histórias, como Valesca Gonçalves, de 33 anos, que ficou paraplégica aos 18, quando um motorista embriagado bateu no carro onde ela estava.

 

 

– Não vim pedir para ninguém parar de beber. Mas vocês não podem misturar e, no caso da moto, a fragilidade e vulnerabilidade são maiores – afirmou o coordenador da OLS.

 

 

Cientes do aumento da multa para quem for flagrado alcoolizado ao volante, que passou de R$ 957,65 para R$ 1.915,30, os mototaxistas logo perguntaram sobre qual seria a nova tolerância para não sofrerem a penalidade.

– Antes, tinha uma margem de dois chopes. Agora é zero. Um copo já vai acusar. Se o bafômetro mostrar 0,05 miligrama de álcool por litro de ar, já era. Vai pagar multa, ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH) apreendida e o direito de dirigir suspenso por 12 meses. E vocês, para fazerem o curso que vai regulamentar a profissão, não poderão estar respondendo nenhum processo de suspensão de CNH – explicou Andrade.

 

 

Escolhido pelo colegas para fazer o teste do etilômetro, o mototaxista Gilvan Manoel dos Santos, de 44 anos, provou que estava sóbrio e aprovou o rigor da lei.

– Acho todas essas punições corretas porque não é certo beber, atropelar uma pessoa e destruir famílias. Sou pai e avô e, por isso, se paro para beber, não pego a moto depois – afirmou Gilvan.

 

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