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Operação Lei Seca intensifica ações educativas no carnaval

 

Criada para conscientizar a população de que álcool e direção não combinam, a Operação Lei Seca (OLS) ganhou fôlego extra durante o carnaval. Munidos de bafômetros descartáveis, bolas infláveis, adesivos e ventarolas, agentes da Secretaria de Governo, alguns deles fantasiados de homem-balão, realizaram uma série de ações educativas nos blocos de rua e nos desfiles das escolas de samba da Marquês de Sapucaí.

 

– Não basta fiscalizar, é preciso explicar os efeitos maléficos da mistura de álcool e direção para que haja mudanças efetivas e um número cada vez menor de mortes e acidentes – disse o coordenador da Operação Lei Seca, major Marco Andrade.

 

Este ano, como parte da campanha de prevenção de acidentes lançada pelo Governo do Estado em 2009, os foliões puderam soprar bafômetros descartáveis para medir a alcoolemia – a taxa de álcool no sangue. A iniciativa, sem caráter punitivo, tem como objetivo despertar a atenção das pessoas enquanto ainda fazem uso da bebida, evitando que possam vir a dirigir depois.

 

– É uma ação muito interessante. Ao realizar o teste, a pessoa vê que realmente não tem condição de dirigir, se pegar o carro, que o álcool afeta o seu organismo e, por consequência, a sua capacidade psicomotora. Dá tempo de se organizar, de deixar o veículo ou pedir que outra pessoa seja o condutor – afirmou Marco Andrade.

 

Ao todo, 20 mil bafômetros descartáveis foram usados neste carnaval pela equipe Operação Lei Seca, que contou com 33 cadeirantes, vítimas de acidentes de trânsito provocados pela mistura de álcool e direção. Eles conversaram com os foliões sobre como é possível se divertir sem colocar em risco a própria vida e a de outros.

 

– Com ações como essa, percebemos que a lei está sendo cumprida e, involuntariamente, as pessoas ficam mais responsáveis. O ideal é que todos façam a sua parte e colaborem. Eu fiz questão de participar soprando o bafômetro descartável para mostrar que não preciso beber para me divertir – disse o empresário José Luis, em sua primeira visita ao Sambódromo.

O economista Leandro Pereira, de 35 anos, também aprovou o teste. Ele ficou surpreso com o resultado apontado pelo equipamento.

– Achei muito interessante participar de uma iniciativa como essa. Pensava que bastava beber pouco que não haveria problema, mas ao ver o resultado do teste encaramos a realidade. Foi uma experiência bastante educativa – explicou.

 

Leandro Dias de Andrade, de 34 anos, foi abordado pelos agentes da OLS quando brincava carnaval no bloco AfroReggae.

– Fui vítima de um acidente causado por um motorista alcoolizado em que morreram quatro pessoas, somente eu sobrevivi. Quem bebe e dirige assume o risco de tirar a vida de outras pessoas – afirmou.

 

Boias-blimps

 

Para chamar a atenção dos moradores e turistas no Rio, a Operação Lei Seca também iluminou, com oito boias-blimps, a Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cartões-postais da cidade. As boias, com cinco metros de diâmetro, são feitas de lona plástica e tem o slogan da operação.

 

Outra ação também intensificada neste Carnaval foi o uso de bolas infláveis com o logotipo da OLS. Os balões foram jogados em meio aos blocos e foram passando de mão em mão na multidão.

 

Fiscalização intensa

Além das campanhas educativas, a fiscalização da Operação Lei Seca foi intensificada desde quinta-feira (07/02) e até a quarta-feira de Cinzas (13/02). As blitzes são realizadas em áreas próximas aos blocos, ao Sambódromo e nas principais vias públicas, contando com 250 agentes, distribuídos em 14 equipes, entre funcionários da Secretaria de Governo, da Polícia Militar e do Detran. Ao todo, a OLS realiza nos dias de Carnaval 100 ações, sendo 36 de educação e 64 de fiscalização, na Capital e Região Metropolitana e interior.

Para o major Marco Andrade, a expectativa é de que, com as mudanças na Lei Seca, que já estão em vigor, haja maior conscientização da população e menos acidentes causados pelo álcool e volante.

– Neste momento, temos uma legislação mais dura. Estaremos presentes para cumprir nosso papel e proporcionar maior segurança a todos. O que esperamos é que a sociedade se adapte e que, ao final do Carnaval, possamos ter um número menor de acidentes e vítimas, bem como uma quantidade menor de pessoas dirigindo sob a influência do álcool – ressaltou.     

 

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