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Polícia vai investigar caso de corpos armazenados inadequadamente no Rocha Faria

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A Polícia Civil vai investigar o caso envolvendo 63 corpos encontrados em condições inadequadas no necrotério do Hospital Municipal Rocha Faria, durante investigação realizada no último dia 10, pela Ministério Público do Rio de Janeiro. Entre os 63 corpos encontrados 36 eram de bebês.

 

 

Segundo informações da Polícia Civil, a 35ª Delegacia Policial (Campo Grande) já instaurou procedimento para apurar o caso. Segundo a assessoria de imprensa da polícia, oficialmente a corporação não recebeu nenhuma informação, admitindo que tomou conhecimento do caso pela imprensa.

 

 

Na avaliação da Polícia Civil, “pode ter havido alguma responsabilidade criminal, mas também pode ser um caso de responsabilidade apenas administrativa. O Ministério Público é quem vai definir pela responsabilidade criminal, a tipificação”. Neste final de semana, a Secretaria de Saúde do Município começou a enterrar os corpos, que estariam abandonados e em condições de higiene precárias. Procurada pela Agência Brasil, a secretaria não comentou o assunto até a publicação do texto.

 

 

Vistoria

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que a 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Capital instaurou inquérito civil com o objetivo de apurar “supostas deficiências na prestação de serviços de saúde” pelo Hospital Municipal Rocha Faria.

 

 

Na vistoria realizada dia 10 de junho no necrotério do Rocha Faria foram constatadas diversas irregularidades, como péssimas condições de higiene e limpeza do necrotério, que apresentava forte odor; a existência de câmara frigorífica com nove portas funcionando precariamente; corpos armazenados por um período de tempo inexplicavelmente longo, sendo o mais antigo com óbito de 2011, apesar de terem sido expedidas guias de sepultamento para 14 destes corpos, que ainda estariam sem previsão de sepultamento.

 

 

A vistoria do MP constatou que os 36 corpos de fetos encontrados “estavam mal acondicionados nas câmaras frigorificas, muitos deles em meio líquido devido ao deficiente funcionamento das câmaras frigoríficas, inadequadamente identificados e com partes moles amorfas, alguns datados no período de 2012 a 2015”.

 

 

O Ministério Público determinou que a Secretaria Municipal de Saúde busque, “com urgência, em contato com o Gate-Saúde, obter e juntar cópias de todas as informações técnicas referentes às vistorias realizadas no Rocha Faria e deu prazo de cinco dias para que o Secretário Municipal de Saúde informe o que pretende fazer com a gestão do Hospital e que medidas tomará com relação às informações constatadas pelo MP.