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Projeção do Brasil na agenda internacional é tema de palestra nos Estados Unidos

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, está em Cambridge, nos Estados Unidos, para fazer uma palestra na Kennedy School of Government (instituto de relações internacionais da Universidade de Harvard). O tema da palestra de Patriota é a Projeção Global do Brasil: Uma Agenda Diplomática voltada para o desenvolvimento e para a paz. Em abril do ano passado, Dilma Rousseff fez palestra no mesmo local, quando mencionou os avanços econômicos do Brasil e o respeito aos preceitos democráticos no país.

 

 

Na terça-feira (12), o chanceler participa das discussões no Conselho de Segurança do Conselho das Nações Unidas (ONU). Patriota também se reúne com o ministro de Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Kim Sung-hwan, que preside o conselho até o final deste mês, e com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e com o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Vuk Jeremić.

 

 

No seu discurso no Conselho de Segurança, Patriota deverá cobrar da comunidade internacional, em Nova York, nos Estados Unidos, a chamada “responsabilidade ao proteger” – que é a exigência dos parceiros internacionais que garantam mecanismos de verificação sobre a execução de ações de ajuda humanitária e segurança aos civis nos conflitos armados.

 

 

Segundo analistas políticos, a participação de Patriota nas discussões do Conselho de Segurança é uma demonstração de que o governo brasileiro tem condições de ampliar a atuação no órgão e nas negociações internacionais. A presidenta Dilma Rousseff cobra a reforma do conselho para aumentar o número de assentos permanentes e rotativos e o direito de o Brasil participar do órgão como titular.

 

 

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) é formado por 15 países – cinco permanentes e dez rotativos, que se revezam a cada dois anos. O órgão é responsável pela definição de medidas de segurança para as regiões em conflito. Os debates, na próxima semana, concentram-se em um tema único: a proteção de civis em áreas de confrontos armados.

 

 

Atualmente a comunidade internacional está preocupada com os conflitos no Mali (África) onde forças de segurança do governo combatem os extremistas islâmicos com o apoio da França. Na Guiné-Bissau, há clima de tensão e insegurança depois de um golpe de Estado no país. Na Síria, em março, os confrontos armados devido à disputa política entre forças internas completam dois anos.

 

 

Há ainda temas considerados constantes nas discussões internacionais, como o impasse envolvendo israelenses e palestinos, além do programa nuclear iraniano, que gera dúvidas sobre os fins não pacíficos dos projetos, e provoca reações da comunidade internacional contra o governo do Irã, adotando medidas restritivas.

 

 

Ao mencionar a chamada “responsabilidade ao proteger”, Patriota deverá reiterar que a prevenção é a melhor política, assim como a comunidade internacional deve se empenhar para aumentar os esforços, por meios pacíficos, a fim de combater as ameaças de violência. Repetidas vezes, o chanceler disse que o uso da força deve produzir o “mínimo o possível” de violência e de instabilidade.

 

Agência Brasil