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Seminário das Américas

O segundo painel do Seminário das Américas – Gestão de Risco e Crises no Setor do Turismo deu continuidade à discussão sobre o planejamento, identificação e análise de ameaças. Os participantes ressaltaram a importância de um trabalho preventivo e da interlocução entre diferentes atores em situações de risco. 

Miriam Medeiros, representante do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, falou sobre o funcionamento da unidade, que faz um acompanhamento sistemático e estratégico de temas que significam risco potencial para o país e seus cidadãos. “Fomos acionados 63 vezes desde a criação do gabinete, em 2003, em situações como o resgate de brasileiros no Líbano, a tragédia no Haiti e incêndios em Roraima”, diz.

Ela também explicou que vários ministérios possuem salas de situação que permitem a comunicação em tempo real entre diferentes órgãos e instituições, facilitando a preparação para eventuais casos de vulnerabilidade. 

“Fazemos vários simulados, espécie de treinamento de situações de risco. Na época da disseminação do H1N1, montávamos uma situação em aeroportos, por exemplo, para ver como o local estava se preparando. É um trabalho muito importante de prevenção, que pode ser articulado também com o Ministério do Turismo visando nossa preparação para a Copa do Mundo 2014”, afirmou Miriam. 

O representante da Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, Armin Brau, explicou como o órgão trabalha os conceitos de prevenção, socorro e reconstrução relativos a desastres naturais como secas, inundações, incêndios. Ele defendeu o papel da administração destes desastres para que a gestão de riscos se torne cada vez menos freqüente.  

“Existe esse paralelo e por isso estamos investindo na prevenção, em estudos de caso e na administração de situações potenciais de crise. Agindo a partir desta estrutura, diminuímos a necessidade de gestão sobre estes casos”, afirmou.  

André Lacerda, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, debateu o Regulamento Sanitário Internacional, que coloca que nenhum país pode ser considerado preparado para emergências de forma isolada. Ele falou sobre o novo sistema de informação do Ministério da Saúde, que tem permitida a interação com secretarias de quase todos os estados e capitais do país. 

“Até pouco tempo, a saúde do viajante era um tema que não recebia a atenção devida. Isso mudou. Temos trabalhado notas técnicas, protocolos, recomendações e guias de vacinação. A Organização Mundial de Saúde nos convidou para participar de um programa de saúde e segurança durante os Jogos de Inverno, em Vancouver, Canadá, em 2010, e na última Copa do Mundo na África do Sul. Foi um ótimo intercâmbio de experiências que vamos levar para os eventos esportivos que serão sediados aqui no país”.   

Fonte: Ministério do Turismo