Uma mulher jovem correndo no parque. Essa cena de abertura do vídeo “Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla”, disponível no YouTube, pode parecer apenas um retrato comum do cotidiano de muitas pessoas que gostam de praticar esportes ou ter um momento de lazer, mas, na verdade, tem como objetivo alertar a população sobre uma doença complexa e incomum que afeta 2,5 milhões de pessoas no mundo.
De difícil diagnóstico, a esclerose múltipla é uma doença neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central e acomete principalmente mulheres brancas e jovens, na faixa dos 20 a 40 anos. “Não se sabe exatamente a razão desse ser o perfil mais comum de pacientes, já que as causas da doença são multifatoriais, como predisposição genética e fatores ambientais, mas estatísticas mostram que mulheres têm até três vezes mais chance de desenvolver o problema”, afirma a neurologista Renata Faria Simm, Médica Assistente do Ambulatório de Esclerose Múltipla do Hospital das Clínicas da USP e Neurologista responsável pelo Ambulatório de Esclerose Múltipla do Hospital Brigadeiro.
Produzido pela Biogen Idec, empresa global de biotecnologia que detém longa tradição no tratamento da doença, para celebrar o Dia Nacional da Esclerose Múltipla, lembrado amanhã (30), o vídeo chama a atenção sobre os sintomas, que vão desde distúrbios da visão a dificuldades motoras, e destaca a importância do diagnóstico precoce para a adesão do tratamento adequado e a melhora da qualidade de vida.
“Falar sobre um tema de saúde pública tão importante como este, é parte do compromisso social da Biogen Idec, que vem investindo cada vez mais em pesquisa e inovação para encontrar soluções terapêuticas que minimizem o impacto dos sintomas da doença e favoreçam uma melhor qualidade na rotina diária desses pacientes”, destaca Francisco Piccolo, presidente da Biogen Idec no Brasil.
Sobre a doença
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica e incapacitante que afeta o sistema nervoso central e desencadeia diversos sintomas, como fadiga, formigamento ou queimação nos membros, visão embaçada, dupla ou perda da visão, tontura, rigidez muscular e problemas de cognição. Como consequência, com o passar do tempo, frequência de surtos (episódios de manifestações neurológicas) – que podem ou não deixar sequelas -, e falta de tratamento adequado, o paciente pode apresentar dificuldades de mobilidade e evoluir para a perda parcial ou total da capacidade de andar. Mais remotamente, pode até mesmo ficar acamado de forma irreversível.
A doença é caracterizada por surtos (sintomas clínicos que ocorrem em episódios) bem definidos, com recuperação completa ou sequelas permanentes após os períodos de crise. A progressão, gravidade e sintomas variam de uma pessoa para outra. A esclerose múltipla recorrente-remitente é a forma mais comum da doença, representando 85% dos casos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a esclerose múltipla afeta 2,5 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que 30 mil portadores convivam com a doença, sendo que cerca de 12 mil estão em tratamento atualmente.
Diagnóstico
Por ser uma doença multifatorial e com sintomas comuns a outras patologias, nem sempre o diagnóstico é fácil de ser concluído. O importante é procurar um neurologista, assim que surgir algum sintoma característico (perda da visão, da força, da sensibilidade ou do equilíbrio; visão dupla; alteração do controle da urina) que dure mais de 24h. Além disso, a ressonância magnética do crânio e, muitas vezes, da medula, são fundamentais para definir o diagnóstico.
Tratamento
Embora ainda não haja cura, existem tratamentos contra a esclerose múltipla, que diminuem o aparecimento dos surtos, reduzem a gravidade dos mesmos, assim como diminuem o grau de incapacidade e melhoram a qualidade de vida dos pacientes. Para assistir ao vídeo, acesse o link: http://youtu.be/kWht4NSH0dM