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8º Multiplicidade aposta no diálogo entre a arte digital e analógica no Oi Futuro

O Festival Multiplicidade – em cartaz até 6 de dezembro no Oi Futuro – apresenta, nos dias 24 e 25 de outubro, os mineiros d’O Grivo, projeto formado por Nelson Soares e Marcos Moreira que busca novos ambientes sonoros através de diferentes montagens, orquestrações e dispositivos analógicos. Depois de São Paulo e Minas Gerais, será a vez do Rio receber o espetáculo batizado como “Máquina de Música”, trabalho constituído por 10 peças que dialogam constantemente com as manipulações do duo e também com imagens do cineasta e artista plástico Cao Guimarães. Cada uma dessas peças lida com parâmetros musicais fundamentais: tempo, ritmo, timbre, estrutura formal e melodia. Além desse aparato desenvolvido pelo Grivo, instrumentos acústicos e eletrônicos também são utilizados durante a apresentação.

 

 

O Grivo surgiu no fim dos anos 90, em Belo Horizonte. Desde então, Nelson Soares e Marcos Moreira vêm trabalhando com o desenvolvimento de mecanismos sonoros acústicos e eletrônicos com instrumentos tradicionais. Mas o caminho d’O Grivo é justamente guiado pelo casamento da incerteza do improviso com a exatidão das máquinas na hora da execução. Esse encontro de dois universos opostos, mas que se completam e se equilibram, cria a sonoridade única da dupla em um ambiente que se confunde – para o bem – entre o concerto e a instalação. As intervenções visuais contribuem diretamente para a experiência com conceitos como textura, densidade e perspectiva.

 

 

Link: http://www.youtube.com/watch?v=tdnlcBn9LLY&feature=share&list=UU-epv9XLnMU33soFl6DR3ng

 

 

Sobre o Multiplicidade – Idealizado por Batman Zavareze em 2005, é um dos mais importantes festivais audiovisuais do Rio de Janeiro. O evento com seu formato bastante original, onde as atrações são apresentadas em intervalos para potencializar as performances, ocupa o calendário cultural de setembro a dezembro com um programa de performances nacionais e internacionais, sempre com o conceito de unir em um mesmo palco arte visual e sonoridade experimental. “Os conceitos de criação, cada vez mais híbridos, estão sendo revistos, discutidos e adaptados junto a uma multiplicação de novos artistas com suas ferramentas digitais, produzindo e consumindo: textos, imagens e sons. São muitas experimentações por segundo. O cientista e o artesão subirão ao nosso palco para experimentações”, diz Batman Zavareze, que também assina a curadoria do festival.

 

“A Oi e o projeto Multiplicidade renovam, a cada ano, uma parceria fundamentada no conceito de convergência e na inovação permanente”, diz Maria Arlete Gonçalves, diretora de Cultura do Oi Futuro. “A união de arte e tecnologia, presente no DNA do Oi Futuro, abre espaço à diversidade de linguagens, os cenários inusitados e sonoridades experimentais”, afirma.

 

DJs convidados – Quem fecha a noite do dia 25 é a DJ Mary Zander dando continuidade à iniciativa dessa oitava edição do Festival Multiplicidade em abrir o espaço do Oi Futuro para DJs convidados. A ideia é de reproduzir uma cena muito comum nos centros culturais da Europa quando acontecem festas em museus e galerias.

 

Seleção artística de 2012 – Esse ano, a curadoria se pauta na convivência entre o low tech e o high tech. Depois da abertura, dia 13 de setembro, com trabalhos do artista plástico Paulo Nenflídio em interação com a música de Pedro Sá e Domenico Lancellotti (Vamos Estar Fazendo), o grupo Rabotnik e o DJ Maurício Valladares, o Multiplicidade recebeu o artista digital japonês Ryoichi Kurokawa, com o espetáculo audiovisual “Rheo”. Agora, em outubro, será a vez do coletivo mineiro O Grivo, conhecido também pela parceria nas trilhas sonoras dos filmes do artista plástico Cao Guimarães.

 

Este ano o Multiplicidade ainda terá uma colaboração junto ao MEDIA LAB de música e tecnologia mais avançado do mundo, o SARC (Sonic Arts Research Center), de Belfast, espaço de explorações midiáticas fundado por um dos maiores compositores de música contemporânea do final do século XX: Karlheinz Stockhausen.

 

A primeira delas acontece dentro do Projeto HAPPENINGS no dia 15 novembro, com a performance dos artistas Marco Donnarumma + Miguel Ortiz + Anna Weisling: os três artistas, mestres e doutores, apresentam uma pesquisa cientifica de vanguarda onde utilizam o corpo humano para gerar música, sons e interferências visuais junto a softwares de ponta, uma pesquisa única e inovadora. Os trabalhos apresentados serão baseados em pesquisas onde o coração e o cérebro emitirão vibrações que são transformados em sinais sonoros.

 

 

 

A terceira edição do HAPPENINGS, projeto multidisciplinar de arte contemporânea criado em 2010, assume neste ano um novo formato em conjunto com o Multiplicidade e o Festival Panorama, recebendo a nome de HAPPENINGS@PANORAMA@MULTIPLICIDADE 2012 dentro do Centro de Artes Helio Oiticica.

 

Em seguida, no dia 22, será a vez dos cariocas do PianOrquestra se apresentarem com artistas convidados do SARC – onde o músico e diretor da escola Pedro Rebello interage através de softwares de improviso e composição imediata criados pelo designer Justin Yang. Esses 7 músicos tocarão simultaneamente 2 pianos preparados para um tributo ao centenário do compositor americano John Cage.

 

No dia 29, o Multiplicidade recebe os ingleses do D-Fuse com um trabalho de paisagens urbanas visuais e sonoras tiradas de uma pesquisa pelo mundo para o documentário “Endless Cities”, assinado pelo coletivo.

 

Para a última data do ano, 06 de dezembro, estão previstas uma série de atrações ainda a serem anunciadas, onde uma sequencia de artistas farão uma grande ocupação de grande impacto no Oi Futuro, incluindo performances, DJ, sessões de cinema, debates e workshops.

 

Site oficial: http://www.multiplicidade.com/2012/

 

Assessoria