O impacto trágico dos recentes deslizamentos em Angra dos Reis e na Ilha Grande, que provocaram mais de 50 mortes, seria substancialmente reduzido se a região contasse com um plano de mapeamento e gestão das áreas de risco. Para evitar a repetição de tragédias assim, especialistas apresentam nesta sexta-feira, no Rio, medidas preventivas que precisariam ser adotadas no âmbito estadual.
O “2º Seminário sobre Prevenção de Acidentes em Encostas” é uma promoção da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), do Clube de Engenharia, do CREA-RJ, do CBMR (Comitê Brasileiro de Mecânica das Rochas) e da ABGE (Associação Brasileira de Geologia da Engenharia e Ambiental). O evento acontece nesta sexta-feira (15/1), no Clube de Engenharia (Av. Rio Branco, 124, 20º andar, no centro do Rio), das 9h30 às 13h00. E terá a participação de Marilene Ramos, secretária Estadual do Meio Ambiente, Luis Otavio Vieira, diretor da Geo-Rio, além de Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia, e Alberto Sayão, ex-presidente da ABMS, que fará a apresentação das propostas. Associação de caráter técnico e científico, fundada em 1950, a ABMS reúne engenheiros geotécnicos de todo o Brasil e especialistas em estabilidade de encostas, fundações e obras de infraestrutura. É presidida pelo engenheiro geotécnico Jarbas Milititsky.
Depois de participar das ações de socorro às vítimas dos deslizamentos ocorridos em Santa Catarina em dezembro de 2008, a ABMS elaborou a “Carta de Joinville”, sugerindo medidas preventivas que deveriam ser adotadas em âmbito nacional. “Os recentes deslizamentos de encostas registrados em vários pontos do país reafirmam a importância das medidas sugeridas na ‘Carta de Joinville’”, sustenta o presidente da ABMS. “Resta agora implementá-las, começando pelo Rio de Janeiro”.
Fonte: Em Termos Comunicação