A publicitária Alessandra Ramalho D`Ávila Nunes, acusada de matar o marido, Renato Biasotto, a facadas na madrugada do dia 13 de junho, em um condomínio de luxo da Barra da Tijuca, Zona Oeste, se apresentou no 3º Tribunal do Juri da capital, no Centro do Rio, no início da tarde desta sexta-feira.
Ela chegou e saiu do local acompanhada do advogado Mário de Oliveira Filho. De acordo com as primeiras informações, Alessandra tomou ciência do processo e foi liberada. Ela aguarda ser convocada para prestar esclarecimentos à Justiça.
Alessandra, que esteve em São Paulo com o filho durante os dias em que ficou foragida, retornou no início da semana ao Rio e está hospedada na casa de amigos, segundo o advogado. Segundo a juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, ela responderá em liberdade por não oferecer perigo para a sociedade e por não ter antecedentes criminais. A juíza afirma, ainda, que a acusada tem endereço fixo e conhecido na Cidade do Rio de Janeiro.
"Isso porque, diante do comparecimento espontâneo da ré perante este juízo, dentro do prazo assinalado na decisão liminar proferida em sede de Habeas Corpus, inclusive entregando seus passaportes, demonstra não ter o intuito de causar qualquer embaraço à instrução criminal ou se furtar à aplicação da Lei Penal", afirmou a juíza Roberta Barrouin. O Habeas Corpus foi concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Habeas corpus
A expectativa era de que Alessandra só se apresentasse à Justiça na segunda, último dia do prazo concedido a ela, depois que foi beneficiada com um habeas corpus pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Alessandra estava foragida desde o dia do crime. No dia 18 de junho, a prisão preventiva dela foi decretada pelo juiz Sidney Rosa, do 3º Tribunal do Júri da capital. A polícia temia que, como tem cidadania americana, a suspeita tentasse deixar o País. Na última terça-feira, Alessandra garantiu, com a decisão do STJ, o direito de não ter a prisão novamente decretada por um mês.
A defesa da publicitária alega que ela era vítima de agressões praticadas pelo marido e agiu em legítima defesa. Uma das provas a serem apresentadas a seu favor é o resultado de uma perícia realizada por um perito particular, que comprovaria as agressões cometidas por Biasoto. Segundo Oliveira Filho, o casal tinha "um histórico de vida de ciúmes e agressões".
Como ela já se apresentou à Justiça, o processo agora seguirá com o depoimento das testemunhas. Oliveira Filho, que pode indicar até oito pessoas para depor a favor de Alessandra, afirmou que há "mais de 30 pessoas querendo falar em favor dela".
Fonte: Da redação