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Administração Penitenciária e Senac promovem cursos para detentas

 

 

Uma parceria entre a Secretaria de Administração Penitenciária e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) promoveu, nesta quarta-feira (7/11), a aula inaugural dos cursos de Estoque e Armazenagem e Técnicas Básicas de Garçom para 50 internas da Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza e da Penitenciária Nelson Hungria, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste. A iniciativa tem a meta de reintegrar as apenadas à sociedade ampliando as oportunidades de trabalho.

 

– Estas aulas são fundamentais, pois podem trazer o resgate de uma cidadania ao qualificar as internas para o mercado de trabalho após atingirem a liberdade. Isto evitará, possivelmente, que elas retornem à criminalidade. Isto para a sociedade é um fator elementar – disse o subsecretário-Adjunto de Tratamento Penitenciário, Moisés Júlio Bormac, representando o secretário de Administração Penitenciária, Cesar Rubens Monteiro.

O projeto vai capacitar 300 detentas. Nos espaços serão dadas aulas nas áreas de design, gastronomia, gestão e beleza. Ao fim do programa, as detentas terão direito à Certificação Sócio-profissional. O projeto piloto será composto de quatro turmas de 20 alunas cada uma, com três horas diárias de aula, três vezes por semana, até o mês de abril de 2013.

 

– Acreditamos que quando transformamos vidas, transformamos as pessoas. Procuramos contribuir para que as internas, após cumprirem a pena, saiam para que tenham uma nova jornada. Esta parceria com o Governo do Estado é fundamental para que isto ocorra – ressaltou o diretor-geral do Senac RJ, Júlio Pedro.

 

Detentas aprovam o curso de Estoque e Armazenagem

 

Há um ano cumprindo pena, Elaine Ramos, de 31 anos, revelou que resolveu fazer o curso, pois gostaria de aprender uma nova profissão.

 

– Eu trabalhava como recepcionista antes de entrar aqui. Com este diploma, aumentará o meu leque de opções após sair daqui – contou.

Com 27 anos, Daiane Serrano falou que não poderia perder a oportunidade de frequentar o curso, pois tem interesse em se especializar na área da moda.

– Precisei estar aqui para fazer as aulas. Tenho vontade de abrir o meu próprio empreendimento no setor de vestuário – comentou.

 

Para Lia Ramos, de 39 anos, o certificado que ganhará após concluir o curso só vai aumentar o conhecimento na profissão que ela já conhecia antes de entrar no sistema carcerário.

 

– Eu tinha uma loja de roupa. Vendia no atacado e no varejo. Com a qualificação, as portas no mercado de trabalho abrirão mais para mim. Vou poder ajudar os funcionários que vierem trabalhar comigo – concluiu.

 

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