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Agência Brasileira Antidoping

A Agência Brasileira Antidoping – ABA, criada pelo Comitê Olímpico Brasileiro para atender à exigência do Código Mundial Antidoping, será substituída pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem – ABCD, a ser instituída pelo Governo Federal por intermédio do Ministério do Esporte. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, dia 26, pelo Dr. Eduardo De Rose, membro da Comissão Médica do COB e responsável pela área de doping da entidade, durante reunião com membros da Agência Mundial Antidoping – WADA. “Essa transição possibilitará mais recursos do Governo, o que possibilitará avanços no controle do doping. Sempre defendi que essa questão de combate ao doping fosse liderada pelo Governo Federal, como acontece em outros modelos, como no Canadá, por exemplo. Com isso, os custos dos exames realizados pelo LADETEC deverão cair, já que o laboratório deverá passar a ser subsidiado através da UFRJ”, explicou De Rose.
 
Em visita ao Brasil, os dirigentes da WADA estiveram na sede do COB para conhecer o programa de combate ao doping desenvolvido pela entidade. Participaram da reunião o diretor de Padrões e Harmonização, Rune Andersen; o diretor de Ciências e Medicina, Olivier Rabin; e o diretor do Escritório Regional da WADA para a América latina, Diego Torres. Além de De Rose, o COB esteve representado pelo vice-presidente no exercício da presidência, André Richer; pelo diretor médico João Grangeiro; e pela diretora Cultural, Christiane Paquelet.  Participou também da reunião o diretor da Secretaria Nacional de Alto Rendimento, Marco Aurélio Klein.
 
Educação contra o doping – Ao conhecer o trabalho educativo que o COB realiza contra o doping, Rune Andersen se comprometeu a enviar ao Brasil publicações e folhetos educacionais sobre o tema para serem traduzidos para o português. “Esse material será ótimo para complementar o que o COB já faz desde as Olimpíadas Escolares, a partir das palestras e das publicações orientadas aos jovens atletas, até o alto rendimento, com folhetos explicativos e a divulgação sistemática das substâncias proibidas pela WADA”, explicou De Rose.
 
Sobre os casos recentes de doping no Brasil, Eduardo De Rose disse que esse fato está sendo percebido no mundo inteiro. “Estamos investindo maciçamente em um trabalho de longo prazo. O aumento de casos no mundo está diretamente ligado ao aumento do número de controles. Fizemos 100 mil controles em 2003 e em 2008 passamos a 275 mil. Hoje o controle que  fazemos é prioritariamente orientado, o chamado controle inteligente. Para isso, contamos com o auxílio da Interpol e de outras entidades que nos ajudam a coibir o avanço e a entrada no país de agentes dopantes. Mas não devemos sonhar com o fim do doping no esporte, assim como o crime não acabará na sociedade. O que procuramos fazer é colocar os índices em escala cada vez menor, priorizando a ética no esporte. Nosso trabalho encontra motivação no grande esforço de quem compete limpo, e estes são os que devem ser realmente recompensados”, afirmou.
 
O diretor da Secretaria Nacional do Esporte de Alto Rendimento, Marco Aurélio Klein, explicou que na reunião da WADA com o Ministério do Esporte, na última quarta-feira, dia 25, ficou acertado um encontro entre representantes da Receita Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária a fim de definir procedimentos que permitam agilizar a entrada de reagentes necessários ao trabalho do LADETEC e de amostras vindas de outros países para a realização de exames de controle de dopagem.

 

 

Fonte: COB