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Ambiente investe na vocação verde do Rio

 

 

Aumentar o saneamento dos municípios em torno da Baía de Guanabara e erradicar os lixões do estado foram algumas das principais ações da Secretaria do Ambiente ao longo de 2012. A pasta estadual investiu ainda na recuperação ambiental da baía, na revitalização do Canal do Fundão e das lagoas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá, além da capacitação ecológica de jovens moradores de comunidades pacificadas.

 

Um dos compromissos assumidos pelo Estado junto à organização dos Jogos Olímpicos de 2016 – a despoluição das águas da Baía de Guanabara – avançou, neste ano, com o lançamento do Programa de Saneamento dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (PSAM). O projeto, que compreende, entre outras ações, a implantação do sistema de coleta e tratamento de esgotos de Alcântara e obras de complementação adicionais às redes de esgotos dos sistemas das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) de Pavuna e Sarapuí, também tem o objetivo de melhorar a atuação desses municípios na implementação das políticas de saneamento.

 

– É um projeto estruturante para solução de um dos mais graves passivos ambientais do estado: a coleta e o tratamento de esgotos. Os recursos para o programa chegarão a R$ 1,5 bilhão. Estão sendo projetadas oito estações de tratamento de rios, visando retirar todo o lixo e esgoto que chegam à Baía de Guanabara através dos principais rios contribuintes, até 2016 – afirmou o secretário do Ambiente, Carlos Minc.

 

No município do Rio de Janeiro, o Estado também tem se empenhado no trabalho de recuperação das águas das lagoas da Barra e de Jacarepaguá. O projeto prevê a retirada de 5,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos poluídos do fundo, desde a entrada do Canal da Joatinga até as lagoas de Marapendi, Tijuca, Camorim e Jacarepaguá.

 

– O Governo do Estado já investiu cerca de R$ 600 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano do Rio de Janeiro (Fecam) nos últimos cinco anos só em tratamento de esgotos, levando de zero a 50% do esgoto coletado e tratado no entorno das lagoas da Barra da Tijuca. Além do avanço das iniciativas para coletar e tratar o esgoto, que ainda é despejado in natura nas lagoas da região, a Prefeitura do Rio vem fazendo a sua parte, com a construção de uma Unidade de Tratamento de Rio na desembocadura do Rio Arroio Fundo, junto à Lagoa de Jacarepaguá – disse Minc.

 

Canal do Fundão foi revitalizado

 

O Canal do Fundão também passou pela revitalização ambiental. Este ano, o Ambiente concluiu o trabalho no Canal do Fundão, com a dragagem de suas águas e remoção de metais pesados existentes no local. O bem-sucedido projeto também viabilizou, em fevereiro, a construção da Ponte do Saber, que liga o Fundão à Linha Vermelha.

 

– O programa resgatou a porta de entrada da cidade. Tirou mais de dois milhões de metros cúbicos de detritos, implantou o tronco coletor para a estação de tratamento de esgoto Alegria, com tratamento da Cidade Universitária, e restaurou o manguezal da área. Inauguramos também a ponte estaiada ligando a Cidade Universitária à Linha Vermelha – afirmou o secretário.

Praias limpas e inclusão social

 

O programa Sena Limpa, uma parceria do Estado e da Prefeitura do Rio, já está em andamento. A iniciativa visa acabar com o despejo de esgoto das praias de São Conrado, Leblon, Ipanema, Leme e Urca, na Zona Sul, e da Bica, na Ilha do Governador.

 

Com o fim das obras – previsto para dezembro de 2014 – o esgoto despejado nos canais de Jardim de Alah e do Leblon será desviado para o emissário de Ipanema.

 

Já o Lixão Zero – que tem como objetivo acabar com os lixões do Estado – também foi destaque em 2012, com a desativação dos lixões de Gramacho, de Guapimirim, de Itaoca, em São Gonçalo, e de Babi, em Belford Roxo. A ideia é que, até 2014, todos os municípios fluminenses tenham aterros sanitários adequados.

 

A iniciativa também capacita os catadores de materiais reciclados e melhora a gestão dos resíduos sólidos dos municípios.

 

– Saímos, em 2008, de apenas 10% de lixo devidamente destinado para 90%, em 2012 – explicou Minc.

 

O projeto Fábrica Verde ajudou na transformação da consciência ecológica e na inclusão social de moradores de comunidades pacificadas. Jovens do Complexo do Alemão e da Rocinha participaram de aulas de montagem e manutenção de micros; aprenderam sobre reciclagem e descarte seguro de lixo eletrônico; e restauraram computadores, doados para centros comunitários.Os cursos tiveram duração de três meses e ofereceram bolsa-auxílio de R$ 120.