Cenas que se repetem há anos: alunos suando, passando mal, tentando se concentrar nas aulas em meio a um calor insuportável. No Colégio Estadual Professora Maria Terezinha de Carvalho, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, o ar abafado das salas de aula não é apenas um incômodo — é um risco à saúde dos estudantes. A promessa da climatização, feita por diversas gestões da Secretaria de Educação do Estado, nunca saiu do papel.
O vereador Rodrigo Vizeu decidiu cobrar respostas mais uma vez. Indignado com a situação, ele desabafou:
“Procurei o diálogo porque sei que é o melhor caminho para o entendimento, mas ouvir as mesmas desculpas por 20 anos é inadmissível. Antes mesmo de me pronunciar publicamente, tentei resolver as coisas pelo diálogo, mas não conseguimos êxito.”
A pergunta que ele faz é direta e incômoda: “Gostariam que isso acontecesse com seus filhos?”
Promessas vazias e sofrimento real
O descaso com a climatização das escolas estaduais do Rio de Janeiro não é um problema novo. Diversos secretários de Educação passaram pelo cargo, prometeram melhorias, mas os aparelhos de ar-condicionado nunca chegaram. Algumas dessas promessas foram feitas até em rede nacional, mas na prática, o que os alunos enfrentam são dias de calor extremo, desconforto e, em muitos casos, problemas de saúde.
“Até quando?” questiona o vereador. A indignação dele ecoa a revolta de pais, professores e, principalmente, dos estudantes, que precisam suportar o calor enquanto tentam aprender.
O impacto do calor na educação
O ambiente de aprendizado influencia diretamente no rendimento escolar. Estudos apontam que temperaturas elevadas em salas de aula podem causar:
Dificuldade de concentração
Fadiga e irritabilidade
Risco de desidratação
Casos de desmaios e mal-estar
Na prática, isso significa que muitos alunos não conseguem absorver o conteúdo das aulas, prejudicando seu desempenho escolar e, consequentemente, seu futuro.
O que precisa ser feito?
O vereador Rodrigo Vizeu reforça a necessidade de ações imediatas. O calor intenso no Rio de Janeiro não é novidade, e as salas de aula não podem continuar sendo um ambiente insalubre para crianças e adolescentes.
Ele cobra um posicionamento firme da Secretaria de Educação e do governo estadual para que a climatização seja, de fato, implementada o quanto antes. Para ele, a falta de compromisso com essa questão não é apenas uma falha administrativa, mas um descaso com o direito à educação de qualidade.
“Tem que ter empatia e se colocar no lugar desses jovens.”
A comunidade escolar segue esperando. Até quando? Governador e Secretaria de Estadual de Educação?