As atrizes Isabel Fillardis, Érika Januza, Juliana Alves, Zezé Motta fazem parte do time que abraçou a campanha CADA TOM COM SUA BELEZA em prol da diversidade racial, que será lançada dia 6 de setembro num evento no Lapa 40° com o apoio de Carlinhos de Jesus. As meninas, lindas e negras são uníssonas em dizer que o preconceito é um problema muito profundo e que precisa ser discutido.
A campanha é uma iniciativa do Projeto Aisha, de instituição sem fins lucrativos que visa à inclusão social e apoio profissional às mulheres e adolescentes, e em Yorubá significa Vida, presidida por Thiago Souza.
Depoimentos das atrizes:
Elisa Lucinda:
“Eu acho a questão do empoderamento muito séria. O empoderamento de qualquer mulher é uma conquista. Porque foi dada a mulher por muitos anos o tratamento escravo, de uso sexual, de uso emocional, de uso administrativo da vida dos homens. É puxado. Tem mulher que nem sabe o que é empoderamento mesmo trabalhando fora, ela mantém uma dependência emocional do parceiro. E que faz com que ela ache que não tem o poder que ela tem…que ela não sabe que tem. Uma campanha dessas é importantíssima. A diversidade não é uma exceção, é uma regra. Tem muito mais, mas muito mais gente diferente uma da outra e inclusive tem muito mais negros no Brasil do que brancos. Eu acho fundamental essa campanha, a autoestima agradece e a cidadania idem”.
Erika Januza:
A atriz Erika Januza, que na ficção enfrentará o preconceito racial em “O outro lado do paraíso”, próxima novela das 21h, de Walcyr Carrasco diz: “É sempre necessário abordar essa questão. Torço para que sirva de reflexão para todos nós. Independente de cor, sexo, religião, todo mundo deve ser respeitado e exigir isso é o mínimo que podemos fazer no nosso dia a dia”.
Isabel Fillardis:
“Nessa questão da beleza europeia ser tida como o padrão a ser seguido, há uma distorção de olhar incrível. É um problema muito profundo, mas que hoje, graças a Deus, estamos discutindo o assunto. Enquanto o Brasil se negou a admitir ser racista, não poderíamos lutar. Hoje o Brasil sabe que é racista. E é importante que seja discutido”.
Watusi
“Entra ano e sai ano e a gente está sempre discutindo as mesmas coisas: o direito da mulher, da mulher negra principalmente. Temos que nos organizar e exigir nossos direitos. Igualdade de direito é só no papel, pois quando tentamos colocar isso em prática vemos a diferença. Por incrível que pareça, as duas vezes que sofri preconceito foram aqui no Brasil”.
Juliana Alves
“A beleza que a gente quer ver é aquela mulher que tem verdade, que tem história e que vai muito além da estética. E é essa beleza que muitas pessoas estão se dedicando a mostrar, em trabalhos que visam o empoderamento e o resgate da autoestima feminina”.