Há 15 anos em atividade, o Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) é um dos agentes no processo de tornar o crédito mais acessível no país e de contribuir para as transformações sociais. A instituição irá apresentar seu trabalho durante o 3º Fórum Brasileiro de Sistemas de Garantia de Crédito, em Belo Horizonte, nos dias 8 e 9 de agosto. O evento será realizado pelo Sebrae e instituições parceiras.
O Bancoob faz parte do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob), presente em todas as cinco regiões do país. Modelo que completa 110 anos no Brasil, o cooperativismo de crédito resulta da união de membros que buscam na ajuda mútua meios para gerir melhor seus recursos. Essas instituições oferecem crédito e serviços bancários aos seus participantes a condições mais favoráveis. O Sicoob reúne dois mil pontos de atendimento e mais de 2,2 milhões de associados, dos quais cerca de 30% são micro e pequenas empresas (MPE).
No mês de março de 2012, o saldo da carteira de crédito para pessoas jurídicas do Sicoob chegou a R$ 4,37 bilhões, o que representa crescimento de 43,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2011, as operações somaram R$ 3,04 bilhões. O montante de março deste ano foi distribuído em mais de um milhão de operações, com média de R$ 4.329,13 por financiamento.
Segundo Marco Aurélio Almada, diretor-presidente do Bancoob, a instituição tem como um de seus objetivos interiorizar o crédito, levando esse instrumento para além das grandes cidades. “Setenta e cinco por cento do nosso trabalho se dá fora das 32 regiões metropolitanas, nas médias e pequenas cidades. Agimos de forma inversa a dos bancos tradicionais, que concentram 80% dos seus produtos e serviços nos grandes centros”, informa Almada. “Para quem pensa em desenvolvimento, com um país equilibrado, nosso perfil é compensatório e complementar”, conclui.
Taxas mais apropriadas
Inicialmente voltadas a financiamentos, nos últimos anos as cooperativas do Sicoob também passaram a oferecer soluções bancárias para manter as finanças saudáveis, como ferramentas úteis nos registros de contas a pagar e a receber. Na visão de Almada, além de conceder empréstimo, as cooperativas de crédito consideram essencial ajudar o cooperado a organizar as contas e a dimensionar adequadamente a necessidade de recursos para capital de giro e investimento. “A pequena empresa precisa de crédito na medida certa, para que ele seja parte da solução e não um problema”, opina.
O diretor-presidente do Bancoob acredita que o cooperativismo de crédito humaniza as operações e evita possíveis excessos cometidos por agentes privados. Ele destaca que as cooperativas oferecem taxas de juros mais apropriadas à realidade das MPE.
SGC
Almada também assinala, no contexto de atuação do Sicoob, a importância da colaboração das cooperativas de crédito com as Sociedades de Garantia de Crédito (SGC). As SGC cobrem garantias de clientes que buscam acesso ao crédito, mas que não têm como atender às exigências das instituições financeiras. Esse tipo de entidade funciona para alavancar principalmente os pequenos negócios.
A SGC GarantiOeste trabalha em 13 municípios no oeste paranaense, em parceria com o Sicoob. “As SGC são fundamentais para viabilizar o acesso ao crédito. Quando elas oferecem a garantia, facilitam o processo. O Sicoob dá tanta importância a esse modelo que algumas de nossas cooperativas estão envolvidas na constituição de SGCs”, diz Almada.
O diretor-presidente do Bancoob destaca a importância do fórum que será realizado em agosto pelo Sebrae e instituições parceiras. “Um evento desse tipo mobiliza atores que podem fazer a diferença nesse novo projeto de Brasil, mais igualitário e repleto de oportunidades. Também é a chance para que a informação circule e a fim de que possamos romper com velhos modelos”, analisa.
Fonte: Assessoria