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O ano de 2014 não foi bom para a Barbie, a mais famosa boneca do mundo. Balanços da Mattel, sua fabricante, apontam queda de vendas trimestre após trimestre. E esse foi o sétimo recuo consecutivo nos números da Barbie, criada em 1959. Mas será que a Barbie vai “morrer”? O estrategista em marketing Gabriel Rossi aponta para o lado contrário.
“A Mattel tem uma expertise genial de manter a Barbie contemporânea. Por causa disso, não apenas crianças compram a boneca. Seus pais também a adquirem para lembrar da infância. Ela pode cambalear, mas não perde força”, destaca o especialista. “Ao longo das décadas, a boneca mostra uma enorme resiliência. Sofreu críticas, por exemplo, de pesquisadores que alegavam que as proporções não realistas do brinquedo afetavam a autoimagem das crianças em relação aos seus corpos. Tudo passageiro”.
Rossi aposta que este Natal e o próximo período de férias podem servir de alavanca para que a boneca retome o crescimento de vendas. “O fato de não existir um brinquedo ‘must have’ no momento pode dar campo mercadológico para a Barbie. Ela continua sem concorrente de peso, mesmo que haja uma série de bonecas no mercado, modernosas, personagens de séries. Mas varejistas não contam com nenhum brinquedo imbatível para manter os estoques cheios. Barbie pode representar uma saída segura de uma marca com forte narrativa e tradição”.
Mesmo que as crianças vejam atrativos em outros brinquedos, há um campo enorme para modernizações do produto. “E se as crianças não exatamente virem na boneca o que seus pais nostálgicos enxergam, é coerente afirmar que a Mattel continuará buscando outras direções. Porém, a maior marca de boneca do mundo ainda mostra um futuro promissor”.
Fonte: Atelier de Imagem e Comunicação