O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, fez, nesta terça-feira (24/11), um balanço sobre os três anos à frente da pasta. Beltrame falou sobre a instalação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), a formação de policiais e a alteração da lei de progressão de pena. Segundo o secretário, este ano, houve uma considerável diminuição dos incidentes criminosos nas áreas em que as UPPs foram colocadas em funcionamento e no seu entorno.
– Os resultados são bons. Nossa maior vitória será terminar com a questão da territorialidade. Nós não temos a pretensão de acabar definitivamente com o tráfico porque ele está em qualquer cidade, mas estamos acabando com a questão do território onde as facções impunham um regime. Passamos hoje de 100 mil pessoas atendidas com as UPPs – destacou, lembrando que as unidades policiais estão mudando a qualidade das demandas das populações das comunidades atendidas.
– Quando temos um contato com os coordenadores das unidades, as demandas que chegam não são de segurança. Elas passaram a ser de creche, água, luz, lixo, cursos profissionalizantes. A ansiedade da população é grande, ela aflora agora. Esta é a lógica que verificamos, e isto vem ao encontro de uma teoria que diz que quanto mais se atende à necessidade da população, menos força policial é necessária – acrescentou.
O secretário ressaltou que já há um planejamento das próximas áreas que receberão unidades pacificadoras.
– Elas passam de 100 áreas mapeadas, e o planejamento está feito em 40 áreas para a virada do próximo ano, e a velocidade de implantação está relacionada a velocidade da formação de nossos policiais. Isto envolve a estrutura de formação de profissionais. Não é um planejamento simples, precisamos de concurso público, preparar estes policiais em direitos humanos, por exemplo – disse.
Beltrame afirmou ainda que em breve serão formados 300 policiais civis que trabalharão em unidades pacificadas. O secretário falou também sobre a alteração da lei de progressão de pena.
– Realmente se faz urgente a alteração da progressão de pena. Nós fomos a uma audiência pública, em que entregamos uma série de mudanças. Hoje procuramos trabalhar com a inteligência policial para condenar estas pessoas, e isto demanda tempo. São medidas urgentes. O próprio preso já sabe que terá benefícios no futuro. O Estado do Rio contribuiu para a construção de presídios e não queremos este tipo de preso na cidade ou no estado, vamos sempre procurar ocupar as vagas a que o Rio tem direito. Nós entendemos que estes elementos devem ficar muito longe do cidadão fluminense – completou.
Fonte: Gov. Estado