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Biblioteca Parque da Rocinha vira point de jovens da comunidade

 

Moradores da Rocinha, Joelma Silva, Yuri Sardilino e Larissa Rodrigues comemoram um ano de paz e de acesso à cultura. Há cinco meses, os jovens contam com um dos mais modernos centros culturais: a Biblioteca Parque. O espaço da Secretaria de Cultura que combina literatura e tecnologia se tornou o novo point da comunidade pacificada. Desde sua inauguração, a unidade recebeu mais de 38 mil leitores, a maioria crianças e adolescentes.

 

 

Mais de 45 computadores com acesso à internet, 12 notebooks, 10 mil livros e DVDs formam o acervo do espaço high tech da comunidade da Rocinha, que oferece ainda cursos profissionalizantes e oficinas gratuitas. Com 1,6 mil metros quadrados e cinco andares, a C4-Biblioteca Parque da Rocinha abriga ainda com cineteatro, estúdio de gravação, edição audiovisual, cozinha-escola e café-literário.

 

 

– Por dia, cerca de 400 pessoas frequentam o espaço. Os empréstimos de livros diários chega de 65 a 70. Oferecemos muitas atividades no espaço porque o público da Rocinha é exigente. Estão sempre estudando e participando de oficinas e discussões – explicou a diretora da Biblioteca Parque, Daniele Ramalho.

 

 

A biblioteca – que pode receber por ano cerca de 215 mil usuários, quase o dobro do público atendido pela unidade de Manguinhos – está reforçando a vocação cultural da Rocinha. As publicações mais consultadas pelo público são as produzidas por autores, artistas, agentes e mediadores culturais da comunidade. O centro de convivência pretende incentivar a produção local a revelar novos talentos.

 

 

A extensão da comunidade

O modelo inspirado em experiências bem-sucedidas em Medellín e Bogotá, na Colômbia, tem se tornado a extensão da comunidade para muitos jovens. A estudante Larissa Rodrigues, de 16 anos, é um dos leitores assíduos da biblioteca. Nascida e criada na Rocinha, Larissa passa suas horas livres estudando e pesquisando na internet do espaço.

 

 

– Eu venho à unidade todos os dias. Às vezes, trago a minha avó. Todos da família passaram a usar os equipamentos disponíveis. É muito legal ter uma biblioteca desse nível perto da minha casa. Adoro ficar aqui – disse a estudante.

 

 

Os amigos Joelma Silva, de 17 anos, e Yuri Sardilino, de 25, “descobriram” na Biblioteca Parque um lugar para também mostrar seus talentos. Integrantes da ONG Escola de Música, eles fizeram sua primeira apresentação na unidade. O conceito inovador da C4 impressionou os jovens, que usarão a unidade também para pesquisas acadêmicas.

 

 

– A Biblioteca Parque é um dos benefícios que chegaram com a pacificação, e é um espaço bem diferente, que ajuda a divulgar os talentos da Rocinha. Essa proposta é bem diferente – afirmou Yuri.

 

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