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Bike Rio avança para a Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes

 

Fabio Seixo / Agência O Globo
Fabio Seixo / Agência O Globo

Elas começaram dominando a paisagem da Zona Sul, recentemente passaram a ser vistas com mais frequência pelo Centro e na região da Grande Tijuca, e neste verão prometem dar mais as caras pelos lados da Barra da Tijuca e do Recreio. Em três anos e dois meses de existência no Rio, as laranjinhas — as bicicletas de aluguel compartilhado — já contabilizaram 4,3 milhões de viagens, atingindo a marca de 216 mil usuários cadastrados. Neste ano, o programa Bike Rio vai recomeçar com mais um reforço na frota: ainda no primeiro trimestre, a concessionária Serttel, responsável pela administração do serviço, deverá colocar nas ruas mais 600 bicicletas, que serão distribuídas em outras 60 estações.

 

 

Com esse reforço, segundo a Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas (Secpar), até fevereiro os ciclistas terão 260 pontos para recolher e usar à vontade uma laranjinha. E poderão contar com mais duas mil unidades em seus deslocamentos para o trabalho ou o lazer.

 

 

Nesta expansão, a região da Barra da Tijuca e do Recreio será a mais beneficiada da cidade, com 49 pontos: na orla, junto a shoppings e condomínios e próximo a quatro estações de BRT. A ideia da prefeitura é incentivar o uso das bicicletas em conjunto com os ônibus.

 

 

Pelos cálculos da prefeitura, considerando a média de 2,7 quilômetros por viagem, em três anos as laranjinhas já rodaram mais de 11,610 milhões de quilômetros. Entre 2013 e 2014, o programa Bike Rio contabilizou um crescimento de cerca de 35%. Segundo o levantamento, nos meses de setembro, outubro e novembro, o serviço alcançou a média diária de cerca sete mil viagens. E as três estações mais usadas pelos ciclistas ficam em Copacabana: a da Rua Miguel Lemos, a do Posto Seis e a da Avenida Princesa Isabel, todas com a média de seis mil veículos retirados por mês. Já as três menos procuradas são a do Largo do Boiadeiro, na Rocinha, a da Rua Sá Ferreira, em Ipanema, e a da Praça São Judas Tadeu, no Cosme Velho. Os números de retiradas de bicicletas nas estações menos frequentadas, no entanto, não foram divulgados pela prefeitura.

 

 

COPA ATRASOU CRONOGRAMA

As novas bicicletas já deveriam estar rodando desde o ano passado, mas alguns obstáculos levaram a prefeitura a estender o prazo.

— Fizemos uma licitação em 2013, que determinava que, até o fim de 2014, as 60 estações existentes seriam revistas e seriam instaladas mais 200. A Copa do Mundo, por exemplo, paralisou todas as obras na cidade por 60 dias. Então, foi dado um prazo maior para a empresa — justifica.

 

 

O programa de bicicletas públicas demorou a cair no gosto de cariocas e turistas. Uma série de problemas levou à suspensão do sistema, então chamado Pedala Rio, em julho de 2011. Foram dois anos e meio enfrentando obstáculos, como furtos, falhas operacionais e preços pouco atrativos. No dia 28 de outubro de 2011, o programa foi relançado pela prefeitura, em conjunto com a Serttel e com o patrocínio do Banco Itaú. Desde então, a quantidade de estações triplicou, chegando a 60, com um total de 600 bicicletas — antes, eram 19 bases e 150 veículos.