O secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, negociou nesta quarta-feira com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um aumento no limite dos empréstimos a serem concedidos para empresas e agricultores da Região Serrana afetados pelas fortes chuvas deste início de ano. O teto de R$ 50 mil dobrou para capital de giro. Já os recursos para investimentos continuam limitados em até R$ 1 milhão, mas poderão aumentar caso se comprove necessidade de empresas da região. A partir desta sexta-feira, os recursos já estarão disponíveis nos agentes financeiros.
Conforme anúncio feito na sexta-feira da semana passada, após reunião do governador Sérgio Cabral com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na sede do banco, as empresas da Região Serrana localizadas nas áreas atingidas pelas chuvas serão beneficiadas pelo Programa Emergencial de Reconstrução (PER). Por meio dele, o banco destinará, em condições especiais de financiamento, R$ 400 milhões aos empreendedores de toda a cadeia produtiva da região.
Segundo Cabral, só na agricultura, as chuvas causaram prejuízos de cerca de R$ 270 milhões. Para ele, o investimento no capital de giro será essencial para reorganizar a produção de mais ou menos 17 mil produtores, 3,2 mil diretamente prejudicados. Também pilares da economia da região, os setores metal-mecânico e têxtil foram muito prejudicados pelas chuvas. O financiamento será repassado por meio do PER para a compra de máquinas e equipamentos, obras de construção civil e capital de giro. O prazo de pagamento é de dez anos, com juro fixo de 5,5% e carência de dois anos. A Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (Investe Rio) ficará responsável por repassar os recursos do BNDES, junto com o de outras instituições financeiras, como o Banco do Brasil.
O PER foi criado pelo BNDES em 2008 para ajudar as empresas e os municípios atingidos pelas enchentes em Santa Catarina. No ano passado, também foi utilizado no socorro aos estados de Alagoas e Pernambuco, igualmente assolados por tragédias naturais.
Fonte: Governo do Rio