A recuperação brasileira frente à crise econômica mundial foi o tema do discurso do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, durante série de reuniões do G-8 (bloco que reúne os sete países mais ricos do mundo e a Rússia), em Roma, na Itália. Convidado especial a participar do encontro para mostrar como o Brasil vem conseguindo sucesso no enfrentamento da turbulência internacional, Lupi relacionou a recuperação do país às rápidas ações do governo para superar o período.
— A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados para automóveis deu tão certo que as vendas nos dois primeiros meses de 2009 foram maiores que em 2008, quando não havia crise, e o governo decidiu estender o benefício. O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço liberou mais de R$ 10 bilhões para obras de infra-estrutura e aprovou o aumento em duas parcelas do seguro-desemprego para os setores mais atingidos. O Fundo de Amparo ao Trabalhador está oferecendo R$ 23 bilhões para financiar habitação popular, com subsidio e crédito a juro baixo — listou Lupi.
O ministro falou ainda sobre a importância dos países que integram o G-8 pensarem em medidas voltadas a ajudar os trabalhadores, e não apenas socorrer o mercado financeiro. Lupi falou com otimismo sobre o futuro próximo da economia brasileira.
— Estamos garantindo empregos lançando investimentos públicos e isenções de impostos. O nosso mercado interno continua muito forte, e o aumento do salário mínimo coloca alguns bilhões no mercado, estas pessoas ganham poder de compra e os estoques começam a baixar e começamos a ver uma recuperação concreta. Os setores de Serviços e Construção Civil estão se recuperando bem; o setor agrícola também vai crescer. A previsão para março é que o saldo negativo de 2009 seja zerado com a criação de 100 mil novos empregos — analisou.
FMI do trabalhador
O ministro do Trabalho propôs também a criação de um fundo de garantia do emprego entre todos os países do mundo, nos mesmos moldes do Fundo Monetário Internacional. — Já que existe o FMI para proteger o sistema financeiro, porque não é possível criar um para proteger os trabalhadores? — ponderou.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego