O Brasil e a Colômbia analisam a possibilidade de efetuar transações comerciais em moedas locais, a exemplo do que já fazem o Brasil e a Argentina. O assunto foi tratado pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Álvaro Uribe, durante reunião, pouco antes da abertura do Fórum Econômico Mundial da América Latina, no Rio de Janeiro.
Segundo o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, Uribe ficou de pedir ao seu ministro da Fazenda para que se reúna o mais rápido possível com o ministro Guido Mantega para tratar do assunto.
Lula aproveitou o encontro bilateral para informar a Uribe que está estudando a possibilidade de abrir mais linhas de crédito em reais para o comércio, via BNDES e, eventualmente, também por intermédio do Banco do Brasil.
“Isso corresponde à posição que o presidente Lula defendeu na reunião do G20”, disse Garcia. “É preciso irrigar o comércio mundial e uma das formas de se fazer isso é criar linhas de crédito para que a atividade comercial possa se estabelecer”, acrescentou.
A ampliação do financiamento para o comércio foi um dos compromissos assumidos pelos líderes do G20 financeiro na reunião do dia 2 deste mês, em Londres. “Ainda não dispomos de bons resultados em áreas como educação e saúde. Acredito que a palavra-chave, neste contexto, é como prover serviços de forma eficiente. Essa é a principal função de qualquer governo e está no âmago da legitimidade das políticas fiscais. Se quisermos ser competitivos, temos que ser inclusivos”, ponderou, em entrevista coletiva sobre o relatório da OCDE.
Em debate sobre o cenário regional para 2009, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga lembrou que, no caso brasileiro, a carga fiscal representa 40% do PIB. “Para onde estão indo esses impostos?”, questionou.
Fonte: Agência Brasil