O Brasil encerrou na noite deste domingo (12) a Copa do Mundo de Belo Horizonte com 31 medalhas, sendo nove de ouro, oito de prata e 14 de bronze. Subiram no lugar mais alto do pódio Leandro Cunha (-66kg), Leandro Guilheiro (-73kg), Guilherme Luna (-81kg), Tiago Camilo (-90kg), Luciano Corrêa (-100kg) e Walter Santos (+100kg). Participaram da terceira edição da Copa do Mundo 148 atletas de 17 países. O evento contou pontos para o ranking mundial da Federação Internacional de Judô. A medalha de ouro valeu 100 pontos, a prata 60 e o bronze 40.
A final mais esperada pelo público presente no Minas Tênis Clube envolveu os judocas Luciano Corrêa e Leonardo Leite, numa reedição da decisão de 2008. Mais uma vez Luciano, empurrado pela torcida e pelos gritos do pai, Seu Raimundo Corrêa, saiu vitorioso. Número 1 do ranking mundial, Luciano conquistou o primeiro ouro da temporada no Circuito Mundial.
“Depois das pratas em Moscou, Rio de Janeiro e Budapeste, estava na hora de subir no lugar mais alto do pódio. Principalmente aqui em Belo Horizonte, onde moro. Sei que sou bastante visado e preciso melhorar muito caso esteja no Mundial. Dedico esta vitória às crianças do projeto social Avança Judô, do qual eu sou padrinho. Tenho certeza que o esporte pode mudar a vida de todos”, diz Luciano Corrêa.
Competindo como convidado, Guilherme Luna surpreendeu a todos e foi campeão entre os meio-médios. Na final, venceu um ídolo: Flávio Canto. A vitória foi suada e só veio no golden score.
“Não tenho nem o que dizer sobre o Flávio. Cresci vendo ele lutar e fico feliz em vencer um atleta tão consagrado, que dispensa qualquer tipo de apresentação. Na verdade, quem deveria estar aqui lutando hoje era o meu irmão, o Rodrigo, que venceu a seletiva e faz parte da seleção. Mas ele teve que ser operado no joelho e não terá condições de competir durante os próximos meses. Mas o lugar dele é aqui”, afirma, emocionado, Guilherme Luna.
Ouro no Grand Slam do Rio de Janeiro, Daniel Hernandes chegou como favorito ao título em Belo Horizonte. Na decisão, acabou sendo superado por Walter Santos por ippon.
“A disputa na categoria está muito acirrada e isso é ótimo para o Brasil. Dividir o pódio com atletas como Daniel e o João Gabriel mostra a força do judô nacional. Já luto com o Daniel há muitos anos e venci porque consegui encaixar um golpe perfeito e pensado na hora certa. É o espírito do judô. O caminho suave. Pode parecer estranho, mas numa luta envolvendo dois atletas pesados, certos golpes entram sem precisar fazer força”, conta Walter Santos, lembrando que o Brasil foi campeão em todas as categorias masculinas.
Fonte: Media Guide