Início Plantão Brasil Brasil paga melhores salários que seus vizinhos, aponta estudo da Michael Page

Brasil paga melhores salários que seus vizinhos, aponta estudo da Michael Page

Estudo inédito da Michael Page, uma das maiores empresas globais de recrutamento executivo, comparou a remuneração dos executivos brasileiros com seus pares latino-americanos e constatou que, em 72% dos cargos analisados no Brasil se ganha mais.

 

Foram analisados ao todo 29 cargos entre médias e grandes empresas no Brasil, Argentina, Chile e México. De acordo com o diretor executivo do grupo Michael Page no Brasil, Marcelo De Lucca, a América Latina representa hoje cerca de 15% do faturamento do grupo no mundo e o Brasil vem alcançando cada vez mais posição de destaque. “O crescimento dos últimos anos associados ao peso da nossa economia contribuiu para esse cenário”, explica.

 

A pesquisa explicita algumas distorções salariais severas entre o Brasil e demais países que refletem o momento do país. Áreas como vendas, engenharia, incorporação e financeira pagam muito acima da média no Brasil em relação aos demais países. “Um diretor de operações que atua no varejo brasileiro pode ganhar o dobro do que o profissional similar mais bem pago da região, que é o Chileno”, explica De Lucca.

 

Ainda de acordo com De Lucca, em alguns setores as diferenças salariais chegam a ser agressivas. O boom do setor imobiliário, por exemplo, impactou tanto na remuneração dos executivos brasileiros que um diretor no país chega a ganhar até 91% a mais do que o segundo colocado. “No caso do mercado de Oil & Gas as diferenças salariais ultrapassam 100%”, conclui.

 

Vizinhança

A estabilidade e solidez da economia chilena fizeram com que a remuneração no país superasse a argentina e mexicana. “O Chile se isolou na segunda posição entre os que melhores remuneram, pois vivem um momento econômico e moeda estáveis, bom controle político, atraindo investimentos externos e contam com profissionais bem qualificados,tanto chilenos quanto expatriados”, explica De Lucca.

 

O executivo adianta ainda que num futuro próximo não será surpresa a Colômbia figurar entre os países que melhor remuneram. “Optamos por manter a Colômbia de fora da pesquisa, pois nosso escritório no país está em fase de consolidação, não teríamos uma amostragem relevante, mas já evidente que o país oferece muitas oportunidades para profissionais com boa formação”, ressalta.

 

Já a economia Argentina, embora fique atrás da chilena no quesito remuneração, vem apresentando uma melhora desde o ano passado. “Não podemos subestimar nossos vizinhos. A Argentina tem uma economia maior e mais dinâmica que a chilena e pode a qualquer momento, feitas as reformas e tomadas as corretas decisões políticas, ressurgir com força”, sentencia.

 

Agência Brasil