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Brasil terá 77 milhões de conexões móveis em 2012

O volume de dispositivos conectados à internet móvel deve somar 77 milhões este ano, representa um aumento de 88% em relação ao volume de 41 milhões registrados em 2011. Para 2016, a previsão é de 173 milhões de conexões móveis no país, de acordo com o estudo ‘Observatório Móvel Brasil’ divulgado nesta sexta-feira (5) pela associação GSMA, que representa fornecedores de equipamentos, sistemas e operadoras de telecomunicações.

 

 

Incluindo outros dispositivos conectados, como sistemas de pagamento sem fio, por exemplo, a entidade estima um aumento de 19 vezes na demanda de banda larga móvel no país entre 2011 e 2016.

 

 

A entidade ainda destaca o aumento no número de celulares conectados à internet, dos atuais 30 milhões para 75 milhões em 2016, bem como a demanda prevista para eventos esportivos mundiais como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

 

 

Segundo estudo, a Copa de 2014 deve trazer mais de 1 milhão de novos usuários com conexões de voz e dados ao país, gerando aumento de 300% do tráfego de dados do Brasil durante as oito semanas do evento. “A experiência na Olimpíada de Londres serve como referência. As pessoas não querem só ver o recorde e sim filmar o recorde e compartilhar naquele momento via internet”, observa Castro. Os analistas estimam que, durante os Jogos de Londres, 60 gigabytes de dados cruzaram a rede do Parque Olímpico a cada segundo.

 

 

No fim do ano, o Brasil terá 279 milhões de linhas móveis ativas, o que representa uso de 1,4 linha móvel por habitante e um aumento de 13,5% sobre o volume de 246 milhões de linhas móveis registrado em 2011. No período de 2008 a 2020, o tráfego de dados móveis por pessoa deve aumentar 83% ao ano, em média.

 

 

Novas antenas e faixa de frequência

De acordo com Castro, a unificação das normas para acelerar a instalação de novas antenas de redes de telecomunicações e a liberação de uma faixa de frequência adicional, de 700 MHz – hoje dedicada às emissoras de rádio e televisão analógica no país –, para oferta de banda larga móvel são dois aspectos que podem impedir que os números previstos pelo estudo sejam alcançados.

 

 

“É bem verdade que, com a Copa do Mundo [de 2014], esteja prevista a aceleração da instalação das antenas, mas isso se resume às cidades-sede da Copa. No entanto, a demanda é nacional e é preciso uniformizar modelo aprovação para instalação de antenas”, disse Castro ao G1.

 

 

Quando ao uso da faixa de 700 MHz, para o diretor da GSMA no Brasil, fabricantes de equipamentos e operadoras esperam por uma previsão de que a frequência será utilizada e o cronograma para sua licitação. “Esperamos que no final desse ano ou no começo do ano que vem tenhamos uma sinalização de que esta faixa será destinada aos serviços de banda larga móvel já que seu alcance é melhor para atender áreas mais afastadas dos grandes centros”, observa.

 

Para o diretor da GSMA, a liberação da faixa de frequência deve ocorrer pelo menos um ano antes de sua implantação. “Talvez não dê tempo para a Copa do Mundo”, alerta. “Mas estamos aguardando o resultado de um estudo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a viabilidade de uso da faixa de 700MHz e vamos esperar até o fim do ano para ver o que vai acontecer”, conclui.

 

Fonte: TIRIO Notícias