Mais barato, mas com menos segurança. Será que vale a pena? Durante duas semanas, o Instituto de Pesos e Medidas do Rio de Janeiro recolheu brinquedos de estabelecimentos comerciais em shoppings e ruas nas Zonas Norte, Oeste, Sul e no Centro da cidade a fim de coibir a venda de produtos que não possuem o selo do Inmetro ou que não estão cumprindo algumas normas de especificação. Intensificada por causa da proximidade do Dia das Crianças, a ação aconteceu em 121 lojas. Dos estabelecimentos fiscalizados, 21 apresentaram produtos com irregularidades. De acordo com o Diretor de Qualidade do Ipem-RJ, Sérgio Macedo da Costa, 59.963 brinquedos passaram pelo crivo da instituição. Destes, 1.102 apresentaram irregularidades.
– A principal e mais grave irregularidade encontrada foi a falta do selo do Inmetro, que é o que demonstra que o produto está adequado ao uso, que foi testado. A venda de brinquedos no Brasil que não estejam com o selo do Inmetro é proibida. Por isso, é um risco comprar um brinquedo e não saber o tipo de material que foi utilizado na sua fabricação, não saber se foi fabricado com metais pesados, se apresenta peças pequenas que uma criança poderá engolir. O responsável, antes de comprar deve verificar se o produto tem o selo, e, depois, deve verificar as especificações do produto – explica o diretor.
Custo X Benefício
Todo o pai, mãe, avô ou avó deseja agradar os filhos e netos no Dia das Crianças. Entretanto, o orçamento restrito dificulta a compra de brinquedos que, na maioria dos casos, apresentam preços altos. Para solucionar o problema, pais e avós acabam adquirindo produtos similares, mas sem levar em conta o item segurança.
– No momento da compra não pense só no preço do produto, pense na segurança da criança. O mais importante é a segurança. Às vezes, a pessoa quer dar um brinquedo que é caro, aí, procura um similar, e, muitas vezes, acaba levando um produto que pode estar oferecendo riscos – ressalta Sérgio da Costa.
O brinquedo que não apresenta as informações exigidas pelo InMetro, mesmo tendo o selo, é recolhido. A empresa responsável por sua fabricação é, então, notificada. Após a correção dos erros nas embalagens dos produtos, há a liberação do produto para venda.
– As empresas que tem a certificação (o selo) não têm interesse em burlar os procedimentos, elas apenas erraram. Em torno de 120 dias o processo acontece por completo, ele inclui um auto de infração (multa). Riscos na embalagem, por exemplo, um grampo que fecha a embalagem, um saco plástico, um fio ou corda que pode machucar seriamente uma criança também devem estar especificados para que o comprador saiba dos riscos que envolvem a compra – avisa o diretor.
Antes de comprar um brinquedo, verifique:
Se o produto tem a marca do Inmetro.
Se o brinquedo é adequado para a idade da criança.
Peça sempre a nota fiscal.
Antes de entregar o brinquedo ao seu filho leia as instruções de uso e de montagem.
Caso o produto de interesse não tenha o selo do InMetro ligue para a Ouvidoria do Ipem-RJ (08002823040). Não é preciso de identificar. Uma equipe será encaminhada ao estabelecimento. Constatada a irregularidade, o produto será retirado dos pontos de venda.
Fonte: Gov Estado