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Caixa reduz juros

A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 706 milhões no segundo trimestre de 2009, alta de 56,2 % em comparação com o primeiro trimestre, quando o banco alcançou R$ 452 milhões. Com isso, o resultado do primeiro semestre alcançou R$ 1,2 bilhão (ante os R$ 2,5 bilhões de igual período do ano passado), obtendo um retorno anualizado de 17,9% sobre o Patrimônio Líquido. 

A oferta de crédito total da CAIXA cresceu 56,1% entre junho de 2008 e junho de 2009, contra crescimento de 19,7% do mercado no mesmo período. O crescimento observado na CAIXA é o maior dos últimos 15 anos. 

O valor do lucro observado neste primeiro semestre alinha-se à decisão estratégica da CAIXA em atuar com as menores taxas de juros do mercado e, com isso, expandir de forma sustentável suas operações de crédito. 

“Os números do balanço mostram que a instituição tem conseguido tornar viável a união entre o social e o comercial, desempenhando bem o seu papel de banco público, principalmente nas atividades de transferência de benefícios e bancarização da população de baixa renda, sem deixar de lado a eficiência e a concorrência do mercado”, avalia a presidenta da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho. 

Apenas no primeiro semestre, com a realização de operações de crédito comercial e de financiamentos na área de desenvolvimento urbano, a CAIXA proporcionou quase R$ 64 bilhões para a economia brasileira. Ainda no período, os valores dos repasses de tributos e encargos sociais à União, Estados e Municípios, somados aos juros sobre capital próprio, alcançaram R$ 2,2 bilhões, equivalentes a 200% do lucro líquido. 

Os ativos totais da instituição atingiram saldo de R$ 323,7 bilhões e o patrimônio líquido alcançou o valor de R$ 13,5 bilhões, expansões de 22,4% e de 8,2% respectivamente, quando comparados a igual período do ano passado. 

Além dos recursos próprios, a CAIXA é responsável ainda pela administração de mais R$ 371,2 bilhões originados de fundos de investimentos, do FGTS, do PIS, entre outros fundos, alcançando o valor de R$ 649,9 bilhões de ativos geridos. O índice de Basiléia ao fim do semestre foi de 18,8%, superior ao mínimo de 11% exigido pelo Banco Central do Brasil. 

A carteira de crédito total da CAIXA, em junho de 2009, alcançou o valor de R$ 99,2 bilhões, elevação de 56,1% quando comparada a igual período de 2008. Tal expansão (2,8 vezes superior aos 19,7% observados no Sistema Financeiro Nacional) é resultado da agressiva política de corte de juros da instituição. 

Apenas no primeiro semestre de 2009, o banco reduziu 6 vezes as taxas de juros das linhas do crédito comercial para pessoa física e jurídica. A instituição também reduziu os juros nos empréstimos habitacionais com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). As taxas estão entre 8,2% a.a. e 11,5% a.a., acrescidos de TR. 

O aumento da carteira de crédito resultou em elevação do saldo de provisão de R$ 5,4 bilhões, em junho de 2008, para R$ 7,9 bilhões, em junho de 2009. Por outro lado, o percentual de provisão com relação ao saldo da carteira de crédito reduziu-se em 7%, no mesmo período, baixando de 8,6% para 8%. 

Em habitação, o banco bateu recorde histórico de financiamento. Somente nos seis primeiros meses do ano, os empréstimos concedidos chegaram a R$ 17,4 bilhões, o que corresponde a 351 mil unidades e aumento de 90% frente igual período do ano passado. Até o fim do ano, a CAIXA espera emprestar mais de R$ 39 bilhões, superando todas as expectativas do setor no início de 2009. O saldo da carteira habitacional atingiu R$ 55 bilhões no semestre, valor 71,2% maior que aquele observado no mesmo período do ano anterior. 

Em agosto o banco bateu novo recorde de contratação, superando todo o volume emprestado em 2008. “Até o dia 12, os créditos já somam R$ 23,2 bilhões, ante os R$ 23 bilhões realizados durante todo o ano passado”, comemora o vice-presidente de Governo da CAIXA, Jorge Hereda. Os recursos beneficiaram 453.871 famílias de todo o país. 

No primeiro semestre de 2009, o volume de contratações de operações de crédito comercial cresceu 41,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 42,5 bilhões. Foram destaques as operações comerciais com pessoas jurídicas, com R$ 21,7 bilhões de contratações e evolução de 48,2%. Os recursos concedidos a pessoas físicas atingiram R$ 20,8 bilhões durante o semestre, valor 34,6% superior ao mesmo período do ano passado. 

O saldo da carteira comercial alcançou, em junho de 2009, R$ 34,2 bilhões, um aumento de 68,1% frente ao mesmo mês de 2008. No mesmo período, a inadimplência (atraso superior a 90 dias) nas operações comerciais totais apresentou queda de 4,5% para 3,9%, ocasionada pela redução de 3,2% para 2,4% da inadimplência da carteira de empréstimos para empresas, resultado do criterioso processo de concessão de crédito exercido pelo banco. 

No semestre, foi iniciada ainda a operação de aquisição de royalties e compensações financeiras governamentais, englobando modalidades como recursos hídricos e minerais, além de petróleo e gás natural. 

Os depósitos totais alcançaram saldo de R$ 175,9 bilhões, um incremento de 18,4% em relação ao primeiro semestre de 2008. Destaque para R$ 98,3 bilhões referentes à poupança, que apresentou crescimento de 19,2% em relação à igual período do ano passado. A captação líquida foi de R$ 2,5 bilhões no semestre, o que reafirma a CAIXA como líder desse segmento, elevando a participação de mercado para 34,8%, contra participação 33,4% em junho de 2008. 

Os depósitos a prazo apresentaram saldo de R$ 53,4 bilhões e os demais depósitos, R$ 10,8 bilhões. Já o patrimônio líquido total administrado dos fundos de investimento apresentou aumento de 14,6% em relação ao mesmo período de 2008, somando R$ 249,4 bilhões. 

As ações desenvolvidas pela instituição nos últimos anos culminaram com as premiações da CAIXA como melhor conglomerado financeiro e o melhor banco público brasileiro de 2008, dados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em junho de 2009.

 

 

Fonte: CEF