Redução das chances de erros nas abordagens policiais, maior segurança para os policiais militares em ação e meio de fiscalização do comportamento dos PMs nas operações são as três principais benefícios do projeto da Secretaria de Segurança que prevê a instalação, no ano que vem, de modernas câmeras de vídeo nas duas mil viaturas da corporação. Os equipamentos – três câmeras e um microfone – são capazes de prever ataques e identificar criminosos até no escuro. Os PMs também levarão, acoplada e escondida na farda, uma microcâmera para as ações fora da viatura.
As imagens captadas pelas câmeras instaladas no veículo – uma fica na dianteira, outra na traseira e a terceira no interior – e pelas microcâmeras acopladas aos policiais aparecerão numa tela instalada no painel do veículo e, ao mesmo tempo, serão transmitidas para uma central de imagens da PM. O microfone capta o áudio ambiente. O projeto vai custar em torno de R$ 75 milhões e já foi testado pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e pelos batalhões da PM do Méier e de Botafogo e em ações nos morros do Andaraí, na Tijuca, e Urano, no Rio Comprido.
As câmeras possuem um poderoso zoom, com capacidade de aproximação de pelo menos 500 metros, e raios infravermelhos, para gravações noturnas, e luzes especiais, que permitem focar suspeitos sem que esses percebam. O sistema ainda conta com um dispositivo capaz de captar imagens por trás do insulfilm de um carro.
– Com este sistema, teremos muitas vantagens, como poder checar na central do batalhão se o suspeito é ou não bandido, reduzir a chance de confundir objetos com armas, prever emboscadas e pedir reforços – enumera o major Fábio Cajueiro, chefe do Centro de Comunicação e Informática da PM, acrescentando que, por um computador que também será instalado em cada viatura, o PM poderá acessar dados da Secretaria de Segurança para obter identificação de suspeitos, ver pequenos vídeos e mapas e fazer abordagem a estrangeiro por meio de um recurso de tradução simultânea.
Segundo o major, a previsão é começar o projeto pelo Bope e pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Cajueiro disse ainda que, hoje, há dois microônibus da PM que funcionam como Centro de Controle e Móvel e operam com câmeras externas e três computadores de bordo. Apesar de não serem blindados, são usados pelo Bope durante as operações de implantação de UPPs.
– Queremos um software que analise anomalias dentro do carro, como um PM baleado e caído no banco ou alguém não fardado. Sinais seriam emitidos e acionariam o batalhão da área. Aproveitamos a lei para desenvolver o novo esquema de patrulha – explicou o major, referindo à lei estadual que obriga a instalação das câmeras nas viaturas policiais, em vigor em dezembro passado.
Fonte: Gov estado RIo