A carta “Zona Oeste: vamos mudá-la”, que reúne demandas em relação aos investimentos públicos em infraestrutura, serviços essenciais, incentivo ao investimento privado e articulação entre poder público, Governo e sociedade civil, foi publicada, nesta quinta-feira (02/07), no Diário Oficial do Poder Legislativo. A iniciativa faz parte do debate “Desenvolvimento econômico da zona Oeste: diagnóstico e agenda de ações”, realizado pelo Fórum de Desenvolvimento do Rio na última segunda-feira (29/06). “A Carta foi produzida pelos empresários, com informações levantadas pela universidade. Sempre que a academia, o setor produtivo e as lideranças comunitárias trabalham em conjunto, quem ganha é a população”, frisou o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Jorge Picciani (PMDB).
O evento reuniu no plenário da Alerj empresários, deputados e representantes do Governo do estado e da Prefeitura do Rio para a apresentação de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio (UFRJ) sobre o desenvolvimento econômico local. Na ocasião, a carta, que aponta as principais reivindicações de representantes das 8.362 empresas existentes na zona Oeste do Rio, foi lida pelo diretor-presidente da Falmec e vice-presidente do Núcleo de Desenvolvimento Técnico do Aço Inoxidável (Núcleo Inox), Peri Cozer. O objetivo dos empresários é aproveitar as oportunidades de negócios e geração de empregos, que abrangem diversos segmentos na indústria, no comércio e na prestação de serviços. “O trabalho do Parlamento é intermediar e promover esse debate, buscando soluções conjuntas para os problemas que atrasam o nosso desenvolvimento”, afirmou Picciani.
Entre as reivindicações registradas no documento estão o incentivo às linhas de financiamento público e privado, o estímulo ao uso de áreas abandonadas para instalação de empresas e o fomento à cadeia metal-mecânica, que concentra o maior potencial de desenvolvimento de novos negócios. “Nesse século XXI, a coevolução do público e do privado é o desafio a ser enfrentado (…), a proposta do movimento ‘Zona Oeste: vamos mudá-la’, sob a liderança da coalizão empresarial e composto pelas associações empresariais de Bangu, Campo Grande, Realengo e Santa Cruz, é maximizar as nossas vocações econômicas para potencializar a formação de capital humano com cidadania. Estamos forjando parceria público-privada com o Executivo e o Legislativo estadual para atrair novos macroinvestimentos”, diz um trecho da carta.
O estudo do Instituto de Economia da UFRJ, que teve colaboração da Faetec e Núcleo Inox, identificou na região potencial para o desenvolvimento industrial, uma vez que existem instaladas grandes companhias demandantes do trabalho de empresas menores. “A atração e o desenvolvimento de novos negócios, no entanto, ainda depende de melhoria na infraestrutura, na segurança pública e na capacitação profissional”, apontou a coordenadora da pesquisa, a economista Renata La Rovere.
Fonte: Alerj