Um dos espaços culturais mais visitados do centro do Rio, a Casa França-Brasil está remodelada. Depois de uma reforma, a Casa ganhou um perfil mais arrojado e com ambientes que estimulam a convivência entre os frequentadores. As principais novidades são a sala de leitura, o restaurante The Line e o pátio externo, com vista para a Igreja da Candelária.
Antigo sonho da diretora do centro, Evangelina Seiler, a sala de leitura tem uma grande mesa coletiva com vários bancos, dois computadores e internet gratuita sem fio para quem quiser levar seu notebook e usar no local. O projeto é do cenógrafo Gringo Cardia, que inovou na ambientação. Nas prateleiras, livros de arte de grandes artistas e exposições – doados por fundações, galerias e outras instituições – podem ser consultados de graça.
– Não havia isso no Rio de Janeiro. Nosso objetivo é trazer as artes plásticas para perto do público, porque esses livros e catálogos, em livrarias, são bem caros – explica a diretora.
Outra novidade que está levando mais público para a Casa é o restaurante. Diferente de outros espaços comuns a centros culturais, onde, geralmente, são servidos lanches, o The Line é uma ótima opção para a hora do almoço de quem trabalha no Centro. O cardápio oferece pratos como steak de baby beef (R$28,90) e risoto de funghi (R$22,80).
– O restaurante se integra com a paisagem da cidade. Do pátio externo, é possível ver toda a beleza da Igreja da Candelária. Nesses dias de calor, é uma ótima pedida de almoço – sugere Evangelina
A restauração da Casa França-Brasil durou nove meses e preservou os traços históricos e arquitetônicos do prédio, ao mesmo tempo em que modernizou as instalações.
As transformações físicas também foram pensadas no sentido de viabilizar a implantação de um novo perfil de programação. A idéia é que o centro cultural mantenha um diálogo permanente com a cidade, suas questões e a intensa vida cultural que ela oferece.
O local abriga manifestações artísticas variadas. A prioridade, entretanto, são os projetos planejados especialmente para o centro cultural, de forma a integrar efetivamente as obras dos artistas às características do prédio. Um exemplo é a exposição da artista plástica Iole de Freitas, em cartaz até o dia 28 desse mês.
– O trabalho da Iole é vigoroso e delicado ao mesmo tempo, porque respeita a arquitetura da casa. Ele faz com que as pessoas olhem para o teto, para o piso e para as paredes do espaço. Foram necessários 30 dias para a montagem dessa exposição – conta a diretora do centro cultural.
Exposição
Até o dia 28 desse mês, a Casa França-Brasil recebe a exposição da artista plástica Iole de Freitas. A instalação de Iole usa as paredes do centro como suporte para sustentação de tubos de aço que transpassam placas de policarbonato transparentes, ocupando o espaço aéreo da arquitetura projetada por Grandjean de Montgny, desafiando e interagindo com a área que o circunda. Leveza, luminosidade e aconchego dialogam entre si e com a Casa, em um movimento constante, que provoca sensações diversas no espectador.
Para a artista o trabalho significou um importante desafio em sua carreira:
– Realizar essa obra foi estimulante e um desafio. Ela foi confeccionada em poucos meses, utilizando um sistema de tubos com policarbonato, formando flechas, com a ideia de imprimir velocidade e criar tensão dentro do exuberante espaço da Casa França-Brasil. Os volumes retorcidos e transparentes se harmonizam com o ambiente e refletem as formas projetadas da arquitetura da Casa, convidando a observação do público. O catálogo vem complementar minha proposta de trabalho, tão bem compreendida e apresentada por Sonia Salzstein – frisou.
Serviço:
A Casa França-Brasil fica na Rua Visconde de Itaboraí, 78, no Centro. Telefone: (21) 2332-5120. Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 20h. Entrada gratuita
Fonte: Governo do Rio