Início Plantão Rio Centro Cultural Hélio Oiticica comemora 20 anos com atividades culturais

Centro Cultural Hélio Oiticica comemora 20 anos com atividades culturais

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Único centro de arte contemporânea da rede de equipamentos da Prefeitura do Rio, o Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica celebra seus 20 anos  sábado (01/10), com uma programação especial repleta de oficinas, debate, exposição, roda de conversa, música e lançamento de livro. Instalado em um prédio neoclássico de 1872, o espaço da Rua Luís de Camões ganhou nova sinalização e teve a logomarca repaginada, com a proposta de estimular uma reflexão sobre as artes visuais. Mostras de artistas nacionais e estrangeiros, novatos e consagrados, se misturam nas galerias da instituição que homenageia o pintor, escultor e artista plástico carioca, Hélio Oiticica.

 

 

Considerado um marco na criação do corredor cultural do Centro Histórico do Rio de Janeiro, o Hélio Oiticica terá a sua trajetória resgatada por meio do projeto “Linhas de Tempos” na comemoração de suas duas décadas de existência. O espaço teve todo o seu acervo documental organizado, foram identificados os principais eventos, exposições e projetos ocorridos nos últimos 20 anos e todos os diretores que passaram pela instituição foram entrevistados. Todo este trabalho será exibido a partir das 10h na sala de pesquisa.

 

 

Outro destaque da programação será a abertura da exposição “Signos em rotação”, de Alex Hamburger. A mostra reúne objetos, poemas visuais e sonoros, além de vídeos, livros e documentos sobre a trajetória, as ideias e o processo de trabalho do artista. Suas principais referências estão ligadas aos escritores e poetas da chamada contracultura, à antiarte de Marcel Duchamp, à forte relação entre arte e vida como colocada pelos artistas do Grupo Fluxus, e por poetas como Ezra Pound, Rimbaud e Baudelaire. A mostra tem curadoria da gestora Izabela Pucu, e permence em cartaz até 5 de novembro.

 

 

Quem visitar o centro de artes poderá conferir a única intervenção permanente do artista norte-americano Richard Serra na América Latina. O californiano veio ao Brasil pela primeira vez em 1997 para realizar a exposição Rio Rounds, quando fez diversas intervenções no térreo e no primeiro andar do prédio. A obra, que problematizava as noções de profundidade e escala na relação entre a arquitetura e o corpo do espectador que se deslocava pelo espaço, foi restaurada pelo artista carioca Ronald Duarte em 2014. O restauro coincidiu com a segunda visita de Serra ao Brasil e foi certificado por Allen Glatter, seu assistente.
 

 

 

O Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica também faz parte da ocupação da Rede Tiradentes Cultural evento que reúne feira gastronômica e atrações culturais todo o primeiro sábado do mês na praça. No sábado, a programação do espaço começa às 10h com a oficina “Corpo-livro-criação-parangolé”, aberta ao público em geral. Na parte da tarde, as atividades culturais seguem com um pocket show da banda Bros Mc’s, às 17h. O grupo de rap formado por índios da etnia Guarani Kaiowá denuncia com rimas em guarani e português os problemas da aldeia, localizada em terras ameaçadas pelo desmatamento ilegal.

 

 

O show faz parte da exposição coletiva Jogos do Sul, com curadoria Alfons Hug e Paula Borghy, em cartaz no centro cultural da Praça Tiradentes. Em seguida, às 18h, acontece outro pocket show da Tomba Orquestra. O conjunto, formado em 2013 no Estúdio Tomba, do produtor Musical Bruno Marcus, é um projeto de música instrumental, com um apanhado de influências diversas, como rock, samba, bossa nova, western, funk, reggae, jazz, que mistura o universo das trilhas sonoras de cinema, tendo como referências principais, Bernard Herrmann e Ennio Morricone.

 

Programação

Abertura da exposição “Signos em rotação”, de Alex Hamburger
10h às 18h, Mezaninos

A mostra reúne objetos, poemas visuais e sonoros, além de vídeos, livros e documentos sobre a trajetória, as ideias e o processo de trabalho do artista Alex Hamburger. Em meio aos estereótipos que marcaram a década de 1980, Alex iniciou sua trajetória de forma bastante transversal, marcada por trabalhos de forte carga performativa, conceitual e crítica. Suas principais referências estão ligadas aos escritores e poetas da chamada contracultura, à antiarte de Marcel Duchamp, à forte relação entre arte vida como colocada pelos artistas do Grupo Fluxus, e por poetas como Ezra Pound, Rimbaud e Baudelaire. Curadoria Izabela Pucu. Até 5 de novembro.

 

Lançamento do projeto Linhas de Tempos. 20 anos no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (segunda fase)
10h às 18h, Sala de pesquisa, hall e escada

Projeto de pesquisa e exposição que resgata a história do CMAHO no marco dos seus 20 anos. Realizado em 2016 pela equipe do CMAHO em parceria com pesquisadoras do Núcleo de Sociologia da Cultura (NUSC/IFCS/UFRJ), coordenado pela socióloga da arte Glaucia Villas Boas. O acervo documental foi organizado, foram identificados os principais eventos, exposições e projetos ocorridos nos últimos 20 anos e todos os diretores do CMAHO foram entrevistados. A partir desse levantamento foram estabelecidas linhas de tempos que relacionam a história da instituição às dinâmicas culturais e políticas da cidade. Como resultado do projeto as entrevistas serão apresentadas em vídeo na sala de pesquisa e uma intervenção gráfica, onde essas linhas se tornam visíveis, será instalada em diversos espaços.
 

 

IV Feira Fantasma

11h às 18h, Rua Imperatriz Leopoldina (ao lado do CMAHO)
Feira nômade de arte impressa & quadrinhos que surgiu da necessidade cultural de discutir linguagens e mídias de pouca visibilidade e questionar as formas comerciais e institucionalizadas de circulação de publicações. Como dizem seus organizadores: “Somos a favor de encontros – de gente que produz com gente que produz, e dos diálogos gerados a partir daí”. Participam da feira: A Bolha Editora, Bendita Gambiarra, Cabuloza Wild Life + Beatriz Lopes, Casas da Banha, Coletivo Filé de Peixe, DODO publicações + Editora Cozinha Experimental, DotZine, editora criatura + Pipoca Press, Editora N-1, Esquema + JOW, fada inflada + Rebus, Fotos dos Outros, Grafatório, Lote 42, Mino, nano editora, Norte Comum, Ocupação Afroliterária Instituto Nandyala, Risotrip, Tijuana e Transfusão Noise Records. Na Mesa Fantasma Roosivelt Pinheiro, A Zica, Mofo azul comix, Desalineada, Quadrinhos Insones, Editora MINO, Jornal Altamira, Lady’s Comics, Mazô, Piqui, O Miolo Frito e Constantin Tugny. Haverá ainda diversas atividades ao longo do dia.
 

 

Oficinas, lançamentos, debates
11h às 18h, mesão da feira, auditório e sala multiuso 2

 

 

Debate “Livro, independência e resistência”
11h às 13h, auditório
Com Rosangela Rennó (artista), Iris Amâncio (Ocupação Afroliterária), Luiz Vieira (Ed. Ikrek). Mediação Fernanda Grigolin (artista e editora)
Análise dos símbolos e funções do livro como objeto de resistência. Alguns leitores os incendiaram. Outros os reuniram e idolatraram como disseminadores de filosofias, religiões e civilizações. Diante do contexto político atual, quais as possíveis relações entre a atuação de editoras independentes e um ato de resistência?

 

Roda de conversa de Lançamento do Caderno de Subjetividades.
14h às 15h30, mesão da feira
Com Cintia Mendonça (pesquisadora e ativista), Gabriela Serfaty (pesquisadora, equipe editorial dos Cadernos), os coletivos Norte Comum (artistas e ativistas) e Opavivará (artistas). Tendo como eixo temático Preferiria sim, a última edição do Caderno de Subjetividades, publicação vinculada ao programa de pós-graduação em Psicologia Clínica e ao Núcleo de Subjetividade da PUC-SP, será lançado com roda de conversa. O diálogo com o público será ativado a partir da pergunta: Como a escrita pode apreender os efeitos de cada época e caminhar por ambientes desconhecidos, onde o sentido não está dado a priori? A dinâmica de trocas levará em conta não só a palavra, mas os gestos, as ações e, principalmente a escuta para pensar a relação da escrita com outras práticas. Aberta ao público em geral, sem inscrição.

 

Interlocuções # 1 Público / Animalidade
15h às 17h30, auditório
Com Diana Klinger (escritora, atriz e professora), Malu Fatorelli (artista e professora), Marisa Flórido (crítica, curadora e professora), e Tania Rivera (crítica, curadora, psicanalista e professora). Tomando as palavras “Público” e “Animalidade” como provocação, as participantes do primeiro encontro do projeto Interlocuções se revezam no papel de interlocutoras e propositoras, em dois blocos de conversa com o público. Atividade integrante do Programa de Extensão Plataforma de Emergência, que reúne realizadores de seis universidades e diferentes campos de saber. Acontece todos os sábados de outubro e novembro.

 

Oficina “Criação/pensamento em quadrinhos e Encadernação”
14h30 às 17h, mesão da Feira
Com Cassius Augusto, Gabriel Carvalho (organizadores Feira Fantasma) e Pipoca Press (artistas e editores). Voltada para a produção autoral, apresentação de referências dos movimentos brasileiros contemporâneos de quadrinhos e foco na produção de uma história curta. A partir do processo desenvolvido, os participantes vão aprender a fazer encadernações para produção dos seus próprios zines. 10 vagas. Inscrições na Mesa Fantasma, a partir das 14h, por ordem de chegada. Aberta ao público geral.

 

Oficina Escrita em diferença: a questão da autoria negra.
15h às 17h, sala multiuso 2
Com Éle Semog (poeta e artista), Lia Vieira (escritora e professora), Débora Almeida (escritora), Arnaldo Viana (escritor). Coordenação Iris Amâncio (professora e crítica). Interação, reflexão crítica e debate a partir da leitura de textos literários e da escuta de depoimentos de autores(as) e críticos(as) sobre as literaturas africanas e da diáspora negra, a partir de diferentes práticas no campo da literatura: poesia, crônica/testemunho, teatro, crítica e literatura infantil. 25 vagas. Inscrições na mesa da Ocupação Afrolitrerária Instituto Nandyala, a partir das 14h30, por ordem de chegada. Aberta ao público em geral.

Lançamento coletivo de livros
16h às 17h, mesão da feira

Livro de Colorir – retrospectiva, de Marilá Dardot (editora Ikrek). O Livro estará à venda na mesa da editora.
Mulheres incríveis, de Elaine Marcelina (Ed. Nandyala)
Boneco especial: arte terapia e inovação social, de Roberto Silva (Ed. Nandyala)
Sete ventos, de Débora Almeida (Eds. Autofagia)
A escritora afro-brasileira, de Dawn Duke (Org.) (Ed. Nandyala)
Os Livros estarão à venda na mesa da Ocupação Afro Literária Instituto Nandyala

 

Na Praça Tiradentes – Ocupação Rede Tiradentes Cultural

A tradicional ocupação da Rede Tiradentes Cultural, da qual o CMAHO faz parte, que reúne feira gastronômica e atrações culturais todo o primeiro sábado do mês recebe o programa especial do HO+20.

 

 

15h às 17h – Oficina – corpo-livro-criação-parangolé
Com Natália Nichols e Wallace Ramos
Oficina ministrada por educadores do Museu de Arte Rio – MAR, que desenvolveram junto com a equipe do CMAHO uma oficina a partir das proposições Parangolé (1964), de Hélio Oiticica, e Livro da criação (1959–1960), de Lygia Pape. 20 vagas. Aberta ao público em geral. Inscrições na Praça Tiradentes.

 

17h – Pocket show Bros Mc’s
Banda de rap formada por índios da etnia Guarani Kaiowá denuncia com rimas em guarani e português os problemas da aldeia localizada em terras ameaçadas pelo desmatamento ilegal. Quatro jovens nativos de um pequeno povoado próximo à cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul, começaram em 2008 a contar os conflitos vivenciados cotidianamente na sua região. Atividade integrante da exposição coletiva Jogos do Sul, curadoria Alfons Hug e Paula Borghy, em cartaz no CMAHO. Parceria Instituto Goethe.

18h – Pocket Show Tomba Orquestra
Conjunto formado em 2013 no Estúdio Tomba, do produtor Musical Bruno Marcus, em meio ao cenário musical independente. É um projeto de música instrumental, com um apanhado de influências diversas, rock, samba, bossa nova, western, funk, reggae, jazz, que mistura o universo das trilhas sonoras de cinema, sendo suas referências principais, Bernard Herrmann e Ennio Morricone. A orquestra se apresenta com formação compacta, seis músicos, já que conta com participação de mais de 30 instrumentistas e vocalistas. Participação especial do vocalista Paulo Beto.