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Centro de Pesquisa e Inovação L`oréal no Rio

Líder mundial em cosméticos e presente no Brasil há mais de 50 anos, a L`Oréal escolheu a cidade do Rio de Janeiro para instalar seu Centro de Pesquisa e Inovação para a América Latina. O processo de implementação da unidade teve início nesta segunda-feira (19/12), após o grupo francês e o governo do Estado assinarem um protocolo de intenções para a construção da estrutura, localizada na Ilha de Bom Jesus, vizinha ao Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
 
O projeto prevê investimento de R$ 70 milhões (ou cerca de € 28 milhões) e a criação de150 empregos diretos até 2015. A área total do terreno, cuja aquisição é objeto do protocolo de intenções, é de mais de 28 mil m². As obras devem ser concluídas no fim de 2013.
 
A decisão é parte da estratégia de universalização da L’Oréal para atender a todas as aspirações de beleza com inovações locais. Segundo o presidente da companhia no Brasil, Didier Tisserand, a ideia é se aproximar dos consumidores, se adaptando às necessidades específicas de cada cultura.
– O grupo L’Oréal quer ser mais universal, o que significa estar mais perto do consumidor. Aqui, encontramos uma diversidade enorme de público, beleza e cabelos que não existe em outro lugar do mundo. O Brasil será o quarto país a receber um centro de pesquisa global, ainda maior que os construídos pela empresa nos Estados Unidos, China e Japão. Nossa ideia é investir no desenvolvimento de produtos para cabelos, e no futuro, incluir mais categorias, aproveitando a biodiversidade do Brasil e respeitando-a – afirmou o presidente.
 
O lucro global da empresa francesa chega a € 20 bilhões por ano. Somente no Brasil, sétimo consumidor dos cosméticos da L’Oréal no mundo, o faturamento atinge R$ 2 bilhões anualmente. Além de adequar os produtos da marca ao gosto do consumidor brasileiro e latino americano, o novo laboratório permitirá intensificar o desenvolvimento de produtos inovadores com potencial de comercialização em outros países do mundo.
A instalação do centro marca uma nova etapa no desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Rio de Janeiro, especialmente no que diz respeito ao recrutamento local de profissionais especializados e a acordos de cooperação científica com a UFRJ. Todos os trabalhadores serão brasileiros, parte deles recrutados através de convênio com a universidade.
 
– Mais importante que o investimento é a vinda do centro de pesquisas. A área de Desenvolvimento Econômico do Estado tem uma estratégia sólida para fazer com que a economia do século XX – baseada no petróleo e na siderurgia – alavanque a economia do século XXI, movida pela economia do conhecimento. Outros fatores de destaque são a contratação de 150 pessoas qualificadas e a diversificação da economia, que agora se volta para a tecnologia – enumerou o secretário Julio Bueno.
 
Participaram da solenidade o governador Sérgio Cabral, o vice-governador e coordenador executivo de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, o presidente da L`Oréal Brasil, Didier Tisserand, e os secretários da Casa Civil, Régis Fichtner, de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, e do Ambiente, Carlos Minc.
 
Distrito Verde
A Ilha de Bom Jesus será transformada pela Secretaria de Ambiente em um “Distrito Verde”, reunindo centros de pesquisa especializados em alta tecnologia e utilizando energias renováveis. O projeto está em conformidade com as normas LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e com as do grupo francês em matéria de desenvolvimento sustentável.
Além da L’Oréal, a General Eletric também instalará um centro de pesquisas no complexo, ocuapndo área de 50 mil m² . Segundo Julio Bueno, uma grande companhia brasileira também negocia sua implementação no local, que possui área total de 130 mil m².
 
Distrito Verde
O distrito ficará ao lado do Parque Tecnológico da Ilha do Fundão, dentro do campus da UFRJ, que abriga empresas de base tecnológica nas áreas de energia, meio ambiente e tecnologia da informação, como a Petrobras (Senpes), Siemens, Halliburton, Schulumberger. Tenaris Confab e FMC do Brasil, entre outros, além de laboratórios e centros de excelência, como o Laboratório de Tecnologia Oceânica da COPPE. As multinacionais EMC², Siemens e BG também terão bases no complexo. A estimativa é os 350 mil metros quadrados do parque abriguem mais de 200 companhias, gerando cerca de cinco mil empregos de alta qualificação.

Fonte: Governo do Rio