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Cidade de Deus fez manifesto em prol da Paz

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No domingo moradores da Cidade de Deus se reuniram na Praça em frente a UPA do bairro, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, para de forma pacífica pleitear por paz e segurança. A ideia do encontro foi motivada, após quatro pessoas terem sido baleadas durante uma operação da Divisão de Homicídios – DH,  na comunidade, na manhã do dia 23 de março. de acordo com informações, os agentes atuavam na comunidade, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil – CORE e um veículo blindado, em busca de suspeitos de envolvimento na morte do torcedor do Botafogo em 12 de fevereiro deste ano. A polícia informou que um dos baleados estava armado.

 

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A família do aposentado Hermes Silva, de 70 anos, disse que vai entrar com uma ação contra o estado pela morte do idoso, baleado neste procedimento policial.  A filha de Hermes, Vânia, disse a imprensa que os agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) entraram na comunidade atirando, sem atender aos apelos dos moradores. “Meu pai estava no portão de casa conversando com um vizinho, quando os policiais chegaram atirando, mesmo após as pessoas gritarem que ali não havia bandidos. Ele não estava fazendo nada e foi morto por nada”, disse Vânia, ainda muito revoltada.

 

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Além do idoso morto, a doméstica Andréia Pereira da Silva levou dois tiros nas pernas e precisará de cirurgia para fazer enxerto. O jardineiro Leonardo Pereira da Silva levou um tiro na região da axila, e o encarregado de obras Marcos Vinícius Pereira da Silva levou um tiro na perna.

 

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Durante a manifestação pacífica, um projeto de autoria de um morador de Jacarepaguá foi levado aos líderes do bairro, com intuito de ser apresentado ao secretário de segurança. O projeto se chama: “De 6h às 9h” e objetiva enfatizar os prejuízos sociais que resultam as operações polícias realizadas entre o horário de 6h às 9h da manhã em comunidades, pois neste horário, muitos líderes de família perdem dias de trabalho, e alguns até mesmo acabam sendo demitidos, por conta das faltas frequentes aos empregos. Assim, como, as crianças que deixam de ir as aulas, e até mesmo as escolas que precisam fechar durante os confrontos. Outro fato que merece atenção, é que a localidade, em muitas ocasiões, prejudica os desempregados ao retorno ao trabalho, já que, as empresas tem receio de contratar quem reside em áreas de confronto devido, justamente, as operações policiais, e já temendo futuras ausências.