Já está definido o destino dos cinco judocas brasileiros surdos e que são bolsa-atletas do Governo do Rio de Janeiro em julho. Eles vão defender o Brasil na disputa da Surdolimpíada que será realizada em Sófia, na Bulgária. As vagas foram conquistadas no fim de semana, em uma seletiva disputada na Escola de Educação Física da Polícia Militar, em São Paulo e que reuniu também provas de karatê e de taekwondo.
Alexandre Soares Fernandes, primeiro medalhista surdo do Brasil, seguirá para a segunda edição dos Jogos Olímpicos da carreira. O judoca se sagrou campeão na categoria meio-médio (até 81 kg). Vanessa Reis Fontes também alcançou o índice ao ficar em primeiro lugar na categoria ligeiro (até 48 kg), feito igual ao do colega judoca Rafael Monteiro (até 66 kg). Já Adalberto Trigueiro e Luiz Felipe de Souza Silva foram, respectivamente, primeiro e segundo colocados na categoria ligeiro (até 60 kg) e também irão à Surdolimpíada. Os dois atletas da categoria ligeiro vão competir na modalidade kata em que é feito em dupla.
Todos os atletas fazem parte do projeto Valorizando a Diferença (AVD), coordenado pelo professor Eduardo Duarte, técnico da seleção brasileira de judô de surdos. O projeto AVD integra o programa sócio-esportivo Rio 2016 e está presente em 73 municípios, beneficiando mais de 200 mil pessoas com 53 atividades esportivas.
Os Jogos Olímpicos de Surdos são realizados a cada quatro anos e a primeira edição ocorreu em 1924. Além do judô, outras modalidades estão presentes, tais como: atletismo, ciclismo, natação, vôlei de praia, vôlei indoor, tênis de mesa, karate, taekwondo, badminton e mountain bike.