A equipe da Operação Lei Seca recebeu, nesta quinta-feira (21/3), uma comitiva do governo municipal de Salvador, que acompanhou, durante a noite, a atuação dos agentes na área de educação – com cadeirantes distribuindo panfletos e adesivos na Cobal do Humaita, na Zona Sul – e também esteve presente à blitz montada na Avenida Lauro Sodre, sentido Copacabana, antes do Túnel Novo. Esta é a 17a comitiva de um estado brasileiro que vem acompanhar os trabalhos da OLS, em seus 4 anos de existência.
Os membros da TranSalvador, órgão municipal responsável pela aplicação das blitzes contra a mistura de álcool e direção, na capital baiana, contaram que pretendem reproduzir na cidade a estrutura administrativa, a logística e as ações de educação no trânsito da Operação Lei Seca. Diferentemente do Rio e da maior parte dos estados do país, na Bahia o governo do estado delegou essa função às administrações municipais.
– Viemos absorver a experiência de quem faz melhor e hoje o Rio de Janeiro é referência nacional neste quesito. Não queremos inventar a roda, e sim aproveitar o exemplo de quem faz bem-feito. Ficamos impressionados com a estrutura, a organização e a dedicação com que a Operação atua – disse Fabrizzio Muller, superintendente da TranSalvador, acrescentando que a idéia é reproduzir o modelo operacional, como um todo, em seu município.
Segundo o coordenador da OLS, major Major Marco Andrade, a troca de informações e experiências na área vem mostrando ser algo muito positivo e que contribui para a diminuição de mortes no trânsito em outras regiões do país. O major ressaltou que a OLS só é referência nacional hoje porque investe num trabalho de prevenção e educação, proporcionando uma mudança no comportamento da sociedade.
– Estamos muito orgulhosos por receber mais um estado que vem conhecer a nossa forma de gestão desta política de governo que tem dado um retorno tão positivo na redução do número de mortos e vítimas no trânsito. Já tivemos notícias de estados que vieram e replicaram a ideia e que estão tendo resultados muito positivos – afirmou o major.
Bebendo com amigos em um bar da região, o corretor Carlos Aciolli foi abordado pela cadeirante Valesca Gomes e fez o teste do bafometro, só para saber como seria se fosse dirigir e fosse abordado pela fiscalização depois.
– Hoje, quando sei que vou beber, só saio de taxi. Já se tornou normal. Achei a abordagem excelente, muito educativa.É muito importante que o Governo do Estado se preocupe tanto com esta parte de conscientização, porque é fundamental para modificar a forma de agir das pessoas – disse.
Nos quatro anos de existência da Operação Lei Seca, já houve redução de 34% no número de mortes no trânsito, no Estado do Rio. Atualmente, mais de 90% dos motoristas abordados pela fiscalização não consumiram álcool. Um cidadão parado pela OLS que não tenha bebido e esteja com a documentação em dia leva, em media, 5 minutos com os agentes da operação.
Governo do Rio