A Operação Lei Seca, da Secretaria de Governo, serve de inspiração para outros estados. Representantes do governo do Pará conheceram o funcionamento da bem-sucedida política fluminense. Outros 13 estados, como Minas Gerais, Rondônia, Rio Grande do Sul e Pernambuco, já enviaram comitivas para coletar informações sobre o programa. Os visitantes participaram ontem de reunião no Palácio Guanabara, conduzida pelo coordenador-geral da Operação Lei Seca, major Marco Andrade, e puderam conhecer o funcionamento das blitzes. À noite, ainda acompanharam ações pela cidade.
– Queremos conhecer os procedimentos do programa para tentar implementar no Pará uma política semelhante, adequada à nossa realidade – afirmou o coordenador de operações do Detran do Pará, Rodolfo Ferreira.
Para o major Marco Andrade, o sucesso da Operação Lei Seca se deve ao fato de ser uma política de prevenção e conscientização da sociedade.
– É um orgulho servir de referência. O diferencial da Operação Lei Seca é que o Estado evocou para si a responsabilidade de diminuir o número de mortes e acidentes
no trânsito – disse Andrade.
As ações da Operação Lei Seca acontecem diariamente em bairros da capital, da Baixada Fluminense e em municípios da Região Metropolitana. Ao todo, são realizadas 47 blitzes semanais. Por mês, 30 mil veículos são fiscalizados.
– O número de mortes no trânsito diminuiu 34%. Desde o início do ano, enviamos equipes para realizar ações nos fins de semana no interior. A ideia é intensificar a fiscalização no estado – afirmou Andrade.
Livro detalha o programa estadual
O livro ‘Salvando vidas – Drama e Esperança nas ruas do Rio de Janeiro’, escrito pelo ex coordenador-geral da Operação Lei Seca e chefe de gabinete da Secretaria de Governo, Carlos Alberto Lopes, foi lançado ontem, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A publicação traz a criação do programa, o funcionamento das ações, além de depoimentos de vítimas de acidentes de trânsito.
– O livro deve ser lido pelas autoridades e pelas famílias, para entender o funcionamento da ação e também como forma de conscientização – disse Lopes.