Modalidade responsável pelo maior número de medalhas na história olímpica brasileira, com três ouros, três pratas e 13 bronzes, o judô treina seus atletas para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, mas com os olhos voltados para os Jogos de 2020, em Tóquio. No evento-teste realizado segunda, dia 7, e terça, dia 8, no Parque Olímpico da Barra, a Confederação Brasileira de Judô selecionou atletas de destaque das categorias de base da modalidade, para “semear” os competidores que defenderão o Brasil em Tóquio.
Gestor técnico da confederação, Ney Wilson disse que o evento serviu de oportunidade para a próxima geração de atletas. “[É] para vivenciarem esse clima, vivenciarem esse ambiente, e isso permitir colocar uma sementezinha que iremos regando até 2020, para realmente frutificar e podermos colher frutos lá nos Jogos Olímpicos.”
No primeiro dia do evento, os brasileiros conquistaram quatro medalhas. Na categoria até 52 quilos, Jéssica Pereira foi prata e Raquel Silva, bronze, enquanto a japonesa Chishima Maeda levou o ouro. Na categoria até 66 quilos, masculina, Lucas Godoy ficou em segundo e Diego Santos, em terceiro. O japonês Joshiro Maruyama ficou com a medalha de ouro. As medalhas do segundo dia serão definidas na tarde de hoje.
Com 110 atletas, o evento-teste reuniu, além de brasileiros, atletas de países como Japão, Alemanha e França. Depois da competição, está previsto um treinamento de campo no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, que reunirá os brasileiros da seleção e da categoria de base com atletas de diversas nacionalidades.
A disputa por vagas olímpicas este ano mostra o embate entre atletas já consagrados com medalhas e outros que buscam a primeira participação nos Jogos. O Brasil terá direito a uma vaga em cada categoria masculina e feminina, o que soma 14 atletas. A escolha de quem vai ser convocado é técnica, mas deve usar como principal critério a posição dos atletas no rankinginternacional.
O carioca Victor Penalber, de 25 anos, busca a classificação na categoria até 81 quilos, tem pela frente um veterano com dois bronzes no currículo. Ele e os demais judocas da seleção principal não competiram no evento-teste, mas aproveitaram a ida ao Parque Olímpico para conhecer a Arena Carioca 2, que sediará as competições da modalidade durante os Jogos do Rio.
Segundo o diretor de Esportes do Comitê Rio 2016, Rodrigo Garcia, apesar de o evento ter sido realizado na Arena Carioca 1, não há muita diferença no que diz respeito à organização. “A diferença é no número de pessoas que estão gerenciando, mas, na área de competição, não. A diferença é muito pequena. O apoio aos atletas é praticamente a mesma coisa”, disse Garcia, ressaltando que não houve reclamações da Confederação Brasileira, nem da Federação Internacional de Judô. “Para nós, é muito legal escutar isso, porque o judô é muito tradicional no Brasil.”