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Conjunto artístico passou por minuciosa restauraçã

FONTE DE NETUNO VOLTA AO PALÁCIO GUANABARA
O jardim do Palácio Guanabara, idealizado em estilo francês pelo paisagista Paulo Villon no início do século XX, está completo novamente. Como parte da grande reforma da sede do Governo do Rio – que deve ser concluída até agosto -, a Secretaria de Estado da Casa Civil acaba de restaurar e modernizar o chafariz e as esculturas que o compõem, como a Estátua de Netuno (fotos anexas).
O conjunto, tombado pelo município, foi criado pelo francês Gabriel Dubray, que é autor de fontes de Netuno em países como França, Espanha e Suíça. A recuperação do chafariz e das obras de arte custou R$ 255 mil e levou mais de três anos para ser finalizada. As instalações elétricas, hidráulicas e as bombas centrífugas foram substituídas; as figuras de meninos sentados em peixes, cuja matéria-prima é ferro fundido, foram reformadas; e a estátua de Netuno, totalmente reconstruída em bronze.
Para o secretário da Casa Civil, Regis Fichtner, recuperar as esculturas do chafariz é preservar a memória do Rio de Janeiro:  “O restauro das estátuas do chafariz é uma parte importante do processo de reforma do Palácio Guanabara e busca preservar a memória do Rio de Janeiro, em um lugar onde ocorreram muitos fatos históricos relevantes para o estado e para o Brasil. Recuperar a memória do palácio é também recuperar a boa imagem do Rio e a autoestima da nossa população”, afirma Fichtner.
De todo o trabalho de restauração, a estátua foi o mais difícil, exigindo um trabalho minucioso de escultura associado à montagem de um verdadeiro quebra-cabeça. Como a peça original havia se desfeito em diversos pedaços, após o apodrecimento do material com que fora elaborada, sua réplica foi recriada com ajuda de fotografias e microfôrmas que precisaram ser refeitas várias vezes até chegarem à forma original.A fonte de Netuno de Gabriel Dubray foi adquirida na prestigiada fundição francesa Val d’Osne, durante a grande reforma pela qual o palácio passou, em 1908. À época, o presidente da República, Afonso Pena, ficou preocupado com o fato de o Rio de Janeiro, então capital federal, não ter um palácio digno de receber um hóspede tão ilustre: o Rei de Portugal, Dom. Carlos I, que faria visita ao Brasil. Afonso Pena chamou o prefeito da cidade, o Marechal Souza Aguiar, para projetar e executar a reforma do Palácio.

Fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro