Início Plantão Barra Construtora da Vila do Pan será acionada

Construtora da Vila do Pan será acionada

Os seguidos problemas de infraestrutura verificados na Vila do Pan, na  Barra da Tijuca, que colocam em risco, inclusive, a vida dos moradores,  levou a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio  (Alerj) a entrar com ação, na 4ª Vara Empresarial, contra a Agenco
Engenharia e Construções S.A, responsável pelo empreendimento. Construída para abrigar os atletas que participaram dos Jogos Panamericanos, em 2007, a Vila do Pan está, literalmente, afundando.

Surgiram crateras no terreno em volta dos prédios, calçadas e ruas estão cedendo e o asfalto   encontra-se totalmente desnivelado. “A Vila do Pan não pode se tornar um  novo Palace II, que desabou matando várias pessoas, em 1998, também na   Barra da Tijuca. Os problemas evidenciam que a qualidade das edificações   e das estruturas que as sustentam está aquém do esperado e do tolerável.   O sentimento dos moradores é de medo, de falta de segurança”, comentou a   presidente comissão, deputada Cidinha Campos (PDT).

Na ação, a comissão pede que a Agenco seja obrigada a indenizar os  proprietários pelo danos, morais e materiais, causados pelos recorrentes   problemas referentes à construção do complexo, tais como a desvalorização dos imóveis. Ainda é solicitada a restituição dos valores pagos pelos
donos dos apartamentos caso esses optem por rescindir seus contratos.  Além disso, é cobrado o cumprimento do que foi divulgado na publicidade do empreendimento: a Vila do Pan teria um centro esportivo exclusivo para os moradores, com quadras poliesportivas, academias, piscinas, e, em seu   entorno, urbanização, iluminação pública, redes de água e esgoto.

Recentemente, foi divulgada pela imprensa a declaração de um profissional de engenharia sobre a situação da Vila do Pan: “É preciso fixar suportes sob as tubulações para evitar que elas se rompam, provocando fuga de material do solo por dentro da rede. Isso causaria a formação de novas crateras ou ampliação das atuais, comprometendo a estabilidade dos muros, calçadas e caixas de quadros elétricos. Sem isso, os moradores serão obrigados a conviver com o problema. E, com o tempo, podem até precisar de passarelas para entrar nos prédios”.

Fonte: Alerj