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Crivella visita no IML espaço de acolhimento às vítimas de abuso doméstico ou sexual

 

 

 

O prefeito Marcelo Crivella, visitou, na segunda-feira (14/08), a Sala Lilás, espaço criado no Instituto Médico Legal (IML) para acolher e atender vítimas de violência doméstica ou sexual. O trabalho é resultado de um convênio firmado entre a Secretaria Municipal de Saúde, o Tribunal de Justiça, o Rio Solidário, a Secretaria de Segurança do Estado e a Secretaria de Estado de Saúde, para atender pessoas que vão ao IML para o exame pericial nesses casos.

 

Acompanhado do secretário municipal de Saúde, Marco Antônio de Mattos, o prefeito conheceu as instalações e ouviu as reivindicações dos funcionários. Uma delas já foi aceita: Crivella concordou em expandir o projeto para a Zona Oeste e levar os serviços da Sala Lilás para o IML de Campo Grande.

 

– Acho que nada mais claro para nos dignificar, nos enobrecer como sociedade do que cuidarmos dos nossos vulneráveis. E hoje temos muitos, são nossas crianças vivendo em situação de risco e muitas mulheres também. Eles precisam de toda a atenção. Salas como essa, com funcionários atenciosos, que no momento da dor prestam aquele atendimento tão necessário, faz toda a diferença – elogiou o prefeito.

 

Responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, a desembargadora Suely Lopes agradeceu a visita e comemorou a decisão da prefeitura de levar o serviço de acolhimento às vítimas também para a Zona Oeste:

 

– Temos que continuar essa parceria vitoriosa. Temos um prefeito humanizado, que pensa no bem do próximo. Vamos em frente que vai dar tudo certo.

 

No primeiro semestre deste ano, a Sala Lilás atendeu a 335 pessoas. Embora a maior parte dos atendimentos tenha sido de mulheres adultas, o relatório do serviço revela um panorama ainda mais preocupante, quando se observa que 15,2% das vítimas eram crianças e 20,3% adolescentes, de ambos os sexos.

 

No espaço de acolhimento, enfermeiras promovem escuta qualificada, notificação dos casos de violência no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), atendimento de saúde mental, medicação profilática contra infecções sexualmente transmissíveis e orientações para o aborto legal, além de articular o atendimento com outras instituições de apoio social e jurídico.

 

Nesses seis primeiros meses do ano, 206 vítimas atendidas eram adultas (61,5%), 51 crianças e 68 adolescentes. Em dez casos (3%), as vítimas eram idosas. Dos adultos, 99% (200) eram mulheres, em 5,5%, a violência foi sexual; em 52,5% violência física; e em 37,7%, psicológica ou moral.

 

Quando as vítimas eram crianças, 62,5% dos casos foram de violência sexual. As meninas corresponderam a 68,08% das crianças atendidas e os meninos, a 31,91%. Em 87%, a agressão ou abuso ocorreu dentro de casa. No caso dos adolescentes, 35,6% registros foram de violência sexual; 35,6% de outros tipos de violência física e, em 26,9%, psicológica.

 

A visita à Sala Lilás contou ainda com a presença juíza titular de 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar, Adriana Mello; do diretor do IML, Reginaldo Franklin; da delegada assistente da Chefia da Polícia Civil, Renata Pompas; da coordenadora do Ciclo da Vida da Secretaria Municipal de Saúde, Fernanda Prudencio; da representante da Secretaria de Saúde do Estado, Ivanise Arouche; e da coordenadora da ONG Rio Solidário, Roberta Risa.