Início Plantão Rio Cuidados ambientais na construção da nova linha do Metrô

Cuidados ambientais na construção da nova linha do Metrô

Para se construir os 16 quilômetros de extensão da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca –Ipanema), a preocupação com o meio ambiente é constante. A água utilizada pelos equipamentos de perfuração nas escavações das estações e dos túneis entre a Barra da Tijuca e a Gávea é tratada e totalmente reaproveitada. Desde o início das obras, cerca de 120 milhões de litros passaram pela estação de tratamento construída no canteiro do Jardim Oceânico.

canteiro-de-obras-metro
 De acordo com o coordenador de meio ambiente do Consórcio Construtor Rio Barra, Luciano Buzzo, o líquido utilizado pelo principal equipamento, que faz as perfurações para colocar os explosivos na rocha, passa por decantadores a cada 300 metros.

 

O processo inclui ainda uma caixa separadora de água e óleo, o tratamento adequado do pH da água e a decantação completa de resíduos sólidos, evitando que poeira ou terra possam entupir os canos dos equipamentos na reutilização deste recurso. A intervenção também não descarta sequer um litro de água no mar ou rios e lagoas da região.

 

“Usamos o jumbo, que é o equipamento que faz as perfurações para colocar os explosivos, e ele gasta cerca de 10 mil litros por hora. Decidimos, então, fazer o sistema para reutilizar esta água”, explicou Buzzo.

 

A abertura dos túneis e a construção das estações exigiram atenção especial com mais de três mil espécies de bromélias, clusias, velósias e orquídeas ameaçadas de extinção, que estavam nas encostas do Morro do Focinho do Cavalo, na Barra da Tijuca. Antes da perfuração do túnel, elas foram resgatadas e replantadas na encosta do novo cactário pela equipe de pesquisa do Jardim Botânico. Além disso, as pedras de rochas dinamitadas para a abertura do túnel foram aproveitadas no cultivo das mudas.

 

A emissão de gases poluentes também é uma preocupação do Consórcio Linha 4 Sul, responsável pelas obras entre as estações General Osório e Gávea. Trinta caminhões capazes de reduzir em até 60% as emissões de óxido de nitrogênio e 80% de material particulado foram adquiridos.

 

Estes veículos contam com tecnologia de redução catalítica seletiva, que usa um reagente líquido pulverizado no gás de escapamento, neutralizando a geração do óxido de nitrogênio por meio de uma reação química. Os carros utilizam ainda um tipo especial de diesel, com baixo teor de enxofre, que contribui para o controle ambiental.
Reciclagem de papel é estimulada

 

Um sistema para organizar papel, papelão e plástico usados na obra foi implantado no canteiro. O espaço, que funciona desde o início das intervenções, foi aprovado. Ao serem admitidos, os funcionários já começam a receber instruções e treinamento sobre a importância do descarte correto destes resíduos, além de conceitos ambientais.

 

Cada frente de trabalho tem um técnico ambiental, que supervisiona o processo de separação dos resíduos. O material recolhido é separado em lotes e vendido a empresas de reciclagem devidamente licenciadas. Até o momento, já foram reciclados cerca de 45 mil quilos de papel e papelão, além de 4,5 mil quilos de plástico, 335 toneladas de metal e 120 pneus. Todo o recurso é revertido para capacitação de funcionários e ações relacionadas ao meio ambiente.

 

Equipe aprova o modelo

 

“Contamos com uma equipe de 30 pessoas que trabalha para que os materiais tenham um descarte correto no dia a dia. Temos uma preocupação também com a escolha das empresas fornecedoras. Preferimos aquelas que têm licença ambiental”, disse o coordenador de meio ambiente da obra, Luciano Buzzo.

Governo do Rio