O Batalhão de Choque (BPChoque) formou ontem 440 homens no curso de Uso Progressivo da Força e Emprego de Tecnologias Menos Letais, voltado para os grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Financiado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, através de convênio firmado com a Subsecretaria de Educação, Valorização e Prevenção – vinculada à Secretaria de Segurança – o curso custou cerca de R$ 1 milhão.
A cerimônia contou com simulações de intervenções e emprego de armamentos de menor potencial ofensivo, como balas de borracha e granadas de luz e som. Segundo o coronel Erir Ribeiro Costa Filho, comandante-geral da Polícia Militar, o importante é a mudança de cultura dos policiais, que ficará como legado para a população fluminense.
– Queremos um trabalho profissional e inteligente, como o das melhores polícias do mundo. Vamos chegar a este patamar – explicou o comandante.
Há dois anos na Polícia Militar, o soldado Luis Fernando Lacerda, de 25 anos, gostou de aprender a manejar a arma de
eletrochoque taser, considerada uma opção inteligente à arma de fogo.
– O curso foi inovador. Foi muito bom adquirir conhecimentos que vão contribuir para a minha formação – disse ele.
Modelo será multiplicado
Cada turma de 30 policiais recebeu 40 horas intensivas de aulas práticas e teóricas de temas como direitos humanos, gerenciamento de crises e emprego de tecnologias menos letais.
De acordo com a subsecretária de Educação, Valorização e Prevenção, Juliana Barroso, a ideia é que os policiais do BPChoque multipliquem o conhecimento
adquirido para outras unidades da PM. Em março de 2013, o curso será levado ao Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças.
– Estamos dando subsídios para que a polícia sirva melhor à sua população. Este treinamento fomenta uma reflexão sobre o uso da força e suas consequências – afirmou a subsecretária.