Aconteceu no dia 28/10, o 1º Seminário das Associações da Barra e Adjacências, durante o evento os participantes puderam acompanhar a palestra do engenheiro e professor Dr. Fernando MacDowell que fez duras críticas ao atual modelo de transporte, além de denúncias graves.
Segundo MacDowell o primeiro problema dos atuais projetos é a construção do metrô que liga o Largo da Carioca e a Praça XV, sem essa ligação os projetos de expansão não serão tão eficazes, e que para a construção da linha 1A outras obras estão paralisadas como a linha de Ipanema.
Segundo o professor 1,9 milhões de pessoas vivem na exclusão social de transportes, é possível encontrar pessoas que trabalham com carteira assinada, mas que dormem nas ruas para ficarem próximas aos locais de trabalho.
MacDowell falou também sobre o BRT, projeto que será adotado pelo governo atual para as futuras olimpíadas. Para ele esse modelo de transporte não tem a capacidade necessária para retirar os automóveis das ruas e denunciou que atualmente existem cerca de 30 carros VLT apodrecendo e enferrujando no Rio, que poderiam ser usados na pista central da Avenida das Américas, por exemplo. Os carros não utilizados estariam recolhidos no Centro de Manutenção do Metrô, segundo o engenheiro.
– O T5 foi projetado para ter 35 interseções, o BRT é muito lento, explicou.
Segundo ele o aeromóvel é muito mais eficaz, além de ter um custo menor e tarifa mais baixa. Ele lembrou que o importante será o legado que as olimpíadas deixará para a população.
O engenheiro falou dos custos excessivos que tem sido apresentado para a sociedade:
– Falam em um gasto de R$ 1 bilhão, mas pelos projetos apresentados o custo máximo seria de R$ 80 milhões, para o metrô da Barra s foi dito R$ 5,7 bilhões, ou seja, cerca de R$ 463 milhões por km, mas esse orçamento não existe nem em outros países, disse.
Uma das soluções defendidas pelo engenheiro seria a construção de mergulhões e a retirada de sinais desde a Paulo de Frotin até a Lagoa-Barra.
Fernando MacDowell falou também das péssimas condições do Elevado do Jóa, onde, segundo um estudo feito por ele, existe um pilar completamente abalado, caso não seja feito nada uma tragédia poderá acontecer:
– O problema do Joá é sério e delicado, completou ele.
Fonte: Da Redação