Em maio deste ano, a produção industrial brasileira cresceu 1,3% frente ao mês anterior, já descontadas as influências sazonais. Foi o quinto resultado positivo consecutivo nessa comparação, o que levou a uma expansão de 7,8% nesses cinco primeiros meses de 2009, informou nesta quinta-feira (2), no Rio, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Ainda de acordo com os dados da instituição, em relação a maio de 2008, houve recuo de 11,3%, mantendo uma sequência de sete meses de taxas negativas nesse confronto. No acumulado no ano, em relação a 2008, a atividade industrial reduziu o ritmo de queda, de -14,6% em abril para -13,9% em maio.
O acumulado nos últimos 12 meses (-5,1%) ficou 1,2 ponto percentual abaixo do resultado de abril (-3,9%) e atingiu sua marca mais baixa desde o início da série histórica (em 1991).
O aumento no ritmo da produção industrial entre abril e maio atingiu 20 das 27 atividades ajustadas sazonalmente e todas as quatro categorias de uso.
Dentre as atividades, sobressaíram os resultados da indústria farmacêutica (9,7%), de veículos automotores (2,0%), metalurgia básica (3,1%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (6,6%), outros equipamentos de transporte (3,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,2%).
Pressionando negativamente, destacaram-se borracha e plástico (-2,7%), produtos de metal (-3,0%) e fumo (-8,4%), que, em abril, haviam crescido 6,8%, 6,6% e 12,8%, respectivamente. Já entre as categorias de uso, os bens de consumo duráveis sustentaram o maior ritmo de crescimento (3,8%) na passagem de abril para maio, seguidos por bens de consumo semi e não-duráveis (1,3%) e bens intermediários (1,2%).
Os bens de capital (0,7%) tiveram crescimento abaixo da média (1,3%). O comportamento positivo da atividade industrial em maio confirmou a trajetória ascendente, iniciada em março, do índice de média móvel trimestral.
Para a indústria em geral, o acréscimo entre abril e maio foi de 1,1%, com bens de consumo duráveis exibindo o maior incremento (2,7%), seguido por bens intermediários (1,0%) e bens de consumo semi e não-duráveis (0,9%). O setor de bens de capital registrou a sétima taxa negativa consecutiva (-0,7%), mas com ritmo de queda menos intenso do que nos meses anteriores.
Fonte: Agência Rio