O poço de Aruanã, recém-descoberto pela Petrobras na Bacia de Campos, vai aumentar o repasse de royalties ao estado, favorecendo seis cidades do Rio de Janeiro com a atração de investimentos. O poço fica a 120 quilômetros da costa do Rio e as cidades beneficiadas são Campos e Quissamã, no Norte Fluminense, Búzios, Cabo Frio e Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, e a própria capital fluminense. Segundo a empresa estatal, a estimativa é que a produção de petróleo leve possa chegar a 280 milhões de barris. A informação é de Flavio Erthal, presidente do Departamento de Recursos Minerais do Rio (DRM-RJ), serviço geológico da administração estadual, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços.
– A escolha dos municípios beneficiados passa por dois critérios técnicos. O primeiro é a definição dos limites do campo explorado, divulgados pela empresa que produz petróleo e barris de óleo à Agência Nacional do Petróleo (ANP). O segundo critério se baseia nas linhas geográficas divisórias entre o estado e os municípios, definidas pelo IBGE, desde 1986 – informou Flavio Erthal. Como base para o cálculo, o DRM-RJ considera o atual modelo de distribuição. A descoberta ocorreu com a perfuração do poço 1-BRSA-713-RJS (1-RJS-661), informalmente denominado Aruanã, na Concessão Exploratória BM-C-36 (bloco C-M-401), operada com exclusividade pela Petrobras. A reserva está na camada pós-sal, a aproximadamente 976 metros de profundidade.
O diretor de Geologia do DRM-RJ, Francisco Dourado, diz que é importante que cada município acompanhe sua arrecadação. Segundo Dourado, hoje o Governo do Estado disponibiliza dados por meio do Centro de Informações de Petróleo e Gás Natural do Estado do Rio de Janeiro, órgão ligado ao DRM.
A Bacia de Campos é responsável por 80% de todo o petróleo produzido no território nacional e compreende a região costeira que vai do Rio até Macaé, no Norte Fluminense.
Fonte: Governo do Estado do Rio