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Despejo de águas sem tratamento nos rios

O presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio, deputado André Lazaroni (PV), anunciou que fará um projeto de lei proibindo que as águas das indústrias deságuem nos rios sem qualquer tipo de tratamento, como foi constatado durante a vistoria realizada nas instalações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, na Região do Médio Paraíba fluminense, nesta sexta-feira (07/08). A vistoria, realizada pela comissão, pela secretária de Estado do Ambiente, Marilene Ramos, e pelo presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino, durou cerca de cinco horas e teve como resultado a autuação da CSN. "Fizemos esta vistoria para apurar os motivos deste novo vazamento de óleo na unidade da carboquímica da CSN que atingiu o Rio Paraíba do Sul, e a empresa foi autuada pelo Inea. Com isso, deverá pagar uma multa de até R$ 40 milhões. Uma das coisas que observamos é que as águas estão sendo diretamente jogadas nos rios sem qualquer tipo de tratamento", criticou o deputado.

"Este vazamento confirma que a CSN não tem um plano de gerenciamento ambiental. Isto é um absurdo. É importante lembrar que este óleo derramado tem organoclorado em sua formula, substância química altamente cancerígena", afirmou o deputado André Lazaroni. O primeiro vazamento ocorreu no domingo (02/08) e se repetiu na segunda-feira (03/08), quando pareceu já estar contido. Diferentemente do que aconteceu no início da semana, quando o acidente foi denunciado pela população, desta vez a própria CSN avisou o Inea. A nova mancha de óleo que se formou está sendo monitorada pelos técnicos do instituto. Até o momento, não foi necessária a suspensão de captação de água para o abastecimento público.  Em setembro, a comissão vai promover uma audiência, em Volta Redonda, para debater os problemas da CSN.

Há dois meses, a companhia cobriu a cidade com uma nuvem de fuligem de carvão provocada por uma explosão de um autoforno. A Comissão de Meio Ambiente e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estudam uma ação para que a Justiça determine a retirada de indústrias e empresas altamente poluidoras das margens do rio. A Alerj votará ainda este ano um projeto de lei do deputado verde que proíbe o funcionamento e instalação de empresas que trabalhem com produtos que contenham substâncias do grupo dos organoclorados na Bacia do Paraíba do Sul.

Fonte: Alerj